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Explosão de carro-bomba deixa 48 feridos na Turquia

O atentado, que coincide com o primeiro dia da festa muçulmana do sacrifício, o Eid al-Adha, não foi reivindicado até o momento


	Explosão: a explosão aconteceu um dia depois do afastamento de 28 prefeitos suspeitos de vínculos com o PKK
 (Sertac Kayar / Reuters)

Explosão: a explosão aconteceu um dia depois do afastamento de 28 prefeitos suspeitos de vínculos com o PKK (Sertac Kayar / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2016 às 10h15.

Ao menos 48 pessoas ficaram feridas em um atentado com carro-bomba nesta segunda-feira na região leste da Turquia, atribuído pelas autoridades aos rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

O ataque, que aconteceu um dia depois da destituição de 28 prefeitos suspeitos de vínculos com o grupo separatista, aconteceu no centro da cidade de Van, perto da sede do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), que governa o país, e do gabinete do governador.

De acordo com as autoridades, 48 pessoas ficaram feridas, duas delas em estado grave.

"No total, 46 civis e dois policiais ficaram feridos na explosão de um carro-bomba por parte de membros da organização separatista", afirma um comunicado divulgado pelo governo local, em referência ao PKK, que Ancara e seus aliados ocidentais consideram uma "organização terrorista".

O atentado, que coincide com o primeiro dia da festa muçulmana do sacrifício, o Eid al-Adha, não foi reivindicado até o momento.

"A organização terrorista já executou atentados antes contra a sede do AKP", afirmou o deputado regional Besir Atalay.

Várias ambulâncias e outros veículos de emergência foram enviados para o local do ataque.

A cidade turística de Van, situada no extremo leste da Turquia, onde convivem turcos e curdos, não havia sido afetada até agora por ataques violentos, ao contrário da vizinha Diyarbakir, de maioria curda.

A explosão aconteceu um dia depois do afastamento de 28 prefeitos suspeitos de vínculos com o PKK (24 deles) ou o grupo do ex-pregador Fethullah Gulen (4), acusado de ser o cérebro do golpe de Estado frustrado de julho.

Doze deles já estavam detidos. Todos os prefeitos afastados foram substituídos por administradores próximos ao AKP.

Pouco antes da explosão, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan celebrou as destituições e afirmou que aconteceram "tarde".

"Deveriam ter sido decididas há muito tempo", disse.

"Vocês não podem respaldar organizações terroristas. Não têm este poder", afirmou Erdogan aos prefeitos destituídos durante um discurso em uma mesquita de Istambul.

O chefe de Estado turco também acusou os políticos afastados de "enviar recursos públicos para as montanhas", onde ficam as bases do PKK.

Os rebeldes do PKK e o exército turco romperam há um ano um frágil cessar-fogo e retomaram as hostilidades, em um conflito que teve início em 1984.

Ao mesmo tempo, Ancara iniciou em 24 de agosto uma ofensiva no norte da Síria para expulsar o grupo Estado Islâmico (EI) da fronteira, assim como os rebeldes turcos do PKK e as YPG (Unidades de Proteção do Povo Curdo).

Texto atualizado às 10h15

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