Exílio cubano denuncia aumento de repressão na ilha
Vários grupos do exílio cubano em Miami denunciaram um aumento da repressão contra dissidentes desde anúncio da retomada das relações diplomáticas
Da Redação
Publicado em 21 de janeiro de 2015 às 22h37.
Miami - Vários grupos do exílio cubano em Miami denunciaram nesta quarta-feira um aumento da repressão contra dissidentes na ilha desde o anúncio do restabelecimento de relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba .
Em entrevista coletiva realizada em Miami, a Assembleia da Resistência Cubana (ARC), que aglutina vários grupos do exílio, criticou também o anúncio de Barack Obama em seu discurso sobre o Estado da União, no qual pediu ao Congresso que comece a trabalhar para pôr fim ao embargo sobre Cuba.
"O embargo está codificado, precisamente, para evitar que um presidente, seja democrata ou republicano, possa derrubá-lo sem o consentimento ou voto do Congresso em plenário", disse à agência Efe Sylvia Iriondo, presidente da organização Mães e Mulheres Anti-Repressão (MAR).
Integrada por meia centena de grupos de dentro e fora da ilha, a Assembleia da Resistência Cubana emitiu uma declaração na qual reivindica uma normalização de relações condicionada ao respeito aos direitos humanos na ilha.
"Uma parte fundamental da lei federal vigente é o respeito aos direitos humanos, e o que as negociações fizeram é fortalecer e encorajar o regime castrista", comentou à Efe o diretor do Diretório Democrático, Orlando Gutiérrez.
Gutiérrez assinalou que em Cuba aconteceram cerca de 100 detenções políticas no mês que transcorreu desde o anúncio da "nova política" em relação à ilha por parte da administração de Barack Obama.
"A repressão continua tão forte como sempre dentro de Cuba, e de nenhuma maneira diminuiu", disse.
Além disso, Gutiérrez atribuiu a recente libertação de 53 presos políticos às campanhas internacionais e negou que tenha sido fruto das negociações anunciadas por Barack Obama e Raúl Castro no último dia 17 de dezembro.
Raúl Castro "está mentindo para poder manter-se no poder" já que, segundo assegurou Gutiérrez, "mais de 50% dos presos libertados já estavam fora de prisão" quando se anunciaram as libertações.
"Estamos otimistas em que o Congresso fará o moralmente correto nos Estados Unidos", acrescentou Sylvia Iriondo.
Cuba e Estados Unidos iniciaram hoje em Havana suas primeiras conversas oficiais com uma reunião centrada em temas migratórios e que transcorreu, apesar de algumas divergências, sob um clima "construtivo" e de "respeito", segundo ambas partes.
Miami - Vários grupos do exílio cubano em Miami denunciaram nesta quarta-feira um aumento da repressão contra dissidentes na ilha desde o anúncio do restabelecimento de relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba .
Em entrevista coletiva realizada em Miami, a Assembleia da Resistência Cubana (ARC), que aglutina vários grupos do exílio, criticou também o anúncio de Barack Obama em seu discurso sobre o Estado da União, no qual pediu ao Congresso que comece a trabalhar para pôr fim ao embargo sobre Cuba.
"O embargo está codificado, precisamente, para evitar que um presidente, seja democrata ou republicano, possa derrubá-lo sem o consentimento ou voto do Congresso em plenário", disse à agência Efe Sylvia Iriondo, presidente da organização Mães e Mulheres Anti-Repressão (MAR).
Integrada por meia centena de grupos de dentro e fora da ilha, a Assembleia da Resistência Cubana emitiu uma declaração na qual reivindica uma normalização de relações condicionada ao respeito aos direitos humanos na ilha.
"Uma parte fundamental da lei federal vigente é o respeito aos direitos humanos, e o que as negociações fizeram é fortalecer e encorajar o regime castrista", comentou à Efe o diretor do Diretório Democrático, Orlando Gutiérrez.
Gutiérrez assinalou que em Cuba aconteceram cerca de 100 detenções políticas no mês que transcorreu desde o anúncio da "nova política" em relação à ilha por parte da administração de Barack Obama.
"A repressão continua tão forte como sempre dentro de Cuba, e de nenhuma maneira diminuiu", disse.
Além disso, Gutiérrez atribuiu a recente libertação de 53 presos políticos às campanhas internacionais e negou que tenha sido fruto das negociações anunciadas por Barack Obama e Raúl Castro no último dia 17 de dezembro.
Raúl Castro "está mentindo para poder manter-se no poder" já que, segundo assegurou Gutiérrez, "mais de 50% dos presos libertados já estavam fora de prisão" quando se anunciaram as libertações.
"Estamos otimistas em que o Congresso fará o moralmente correto nos Estados Unidos", acrescentou Sylvia Iriondo.
Cuba e Estados Unidos iniciaram hoje em Havana suas primeiras conversas oficiais com uma reunião centrada em temas migratórios e que transcorreu, apesar de algumas divergências, sob um clima "construtivo" e de "respeito", segundo ambas partes.