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Exército turco lança duas toneladas de bombas sobre bases do PKK no Iraque

Bases do grupo armado do Partido dos Trabalhadores do Curdistão foram atacadas por aviões da Turquia

A cúpula militar turca afirmou ter adotado todas as "precauções necessárias" para não causar danos à população civil (Burak Kara/Getty Images)

A cúpula militar turca afirmou ter adotado todas as "precauções necessárias" para não causar danos à população civil (Burak Kara/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2011 às 09h28.

Istambul - As Forças Aéreas do Exército turco lançaram na última noite duas toneladas de bombas sobre bases do grupo armado do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) no norte do Iraque, informou nesta sexta-feira a "NTV".

Segundo a emissora turca, foram utilizadas bombas MK-82 guiadas por laser, que foram lançadas em dois ataques aéreos, cujo principal alvo era o comando central do PKK nas montanhas Kandil, situadas em território iraquiano, junto à fronteira iraniana.

Em comunicado, o Estado-Maior das Forças Armadas da Turquia confirmou o ataque na manhã desta sexta-feira e detalhou que houve bombardeios na manhã e na tarde desta quinta-feira, assim como durante a noite.

Segundo o Exército, os aviões turcos "retornaram às suas bases sem percalços" após terem "golpeado" 28 grupos de alvos nas áreas de Kandil, por um lado, e, Hakurk, Avasin-Basyan e Zap, por outro, onde se supõe que estejam localizados acampamentos logísticos do lado iraquiano da fronteira com a Turquia.

Ao mesmo tempo e de forma coordenada, acrescenta o comunicado, "as mesmas áreas foram mantidas sob intenso fogo de artilharia".

A cúpula militar afirmou ter adotado todas as "precauções necessárias" para não causar danos à população civil.

O Conselho de Segurança Nacional da Turquia decidiu nesta quinta-feira implementar uma "nova estratégia antiterrorista" para reduzir os problemas verificados nos serviços de inteligência, incorporando os governadores provinciais à coordenação das operações, unindo os esforços da Polícia aos das forças militares, otimizando o uso das modernas tecnologias e acelerando a profissionalização do Exército.

O chefe da oposição social-democrata, Kemal Kiliçdaroglu, ofereceu seu apoio ao governo, mas advertiu que "a solução (para o conflito com os rebeldes curdos) não pode ser apenas militar", visto que é necessário um "acordo social" entre todas as forças políticas.

Por outro lado, Devlet Bahçeli, líder do ultradireitista Partido da Ação Nacionalista (MHP, terceira força parlamentar), exigiu que seja realizada uma operação militar terrestre em solo iraquiano semelhante à desdobrada em fevereiro de 2008.

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