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Exército suspende operações contra Farc

''Não vamos atacar porque não sabemos onde estão'', afirmou o general Javier Rey

Langlois está em poder da Frente 15 das Farc como ''prisioneiro de guerra'' porque usava vestimentas militares quando foi retido durante o combate (France 24)

Langlois está em poder da Frente 15 das Farc como ''prisioneiro de guerra'' porque usava vestimentas militares quando foi retido durante o combate (France 24)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2012 às 19h28.

Bogotá - O Exército da Colômbia suspendeu suas operações contra a Frente 15 das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que mantém preso o jornalista francês Roméo Langlois, confirmou nesta segunda-feira o comandante da Divisão de Assalto Aéreo, general Javier Enrique Rey.

Em entrevista à emissora ''Caracol Radio'', o general Rey disse: ''as operações de controle militar continuam, mas as operações ofensivas sobre a Frente 15, agora sabendo que eles estão com Langlois, estão suspensas, mas não sobre outras frentes no restante do país''.

Ele também afirmou que o Exército está ''facilitando a libertação do jornalista francês'', que foi retido como ''prisioneiro de guerra'' no dia 28 de abril, no meio de combates entre guerrilheiros com policiais e militares, que Langlois acompanhava para uma reportagem de destruição de laboratórios de drogas.

''Ele estava nos acompanhando em uma interdição e desapareceu por causa dos combates que tivemos com as Farc nessa área do Caquetá. Desde o início, o governo e o comando (militar) estiveram dispostos a encontrar o jornalista'', acrescentou.

Além disso, o general Rey informou que o Exército falou com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para pedir ajuda em Montañita, a zona rural onde aconteceram os combates e onde Langlois foi detido, no departamento de Caquetá.


''Não vamos atacar porque não sabemos onde estão'', afirmou ao insistir que no restante do país é mantida a ofensiva militar contra as demais frentes das Farc.

Rey antecipou que com esta decisão procura ''dar liberdade às ações das organizações internacionais, como a Cruz Vermelha, para que o atendam, e facilitar que possam libertá-lo''.

Em relação aos fatos que rodearam o sequestro, o comandante das Forças Militares da Colômbia, o general Alejandro Navas, explicou aos jornalistas que Langlois estava fazendo um trabalho voluntário e inclusive ''assinou um documento onde exonera o Exército de qualquer responsabilidade por ter tripulado um helicóptero e estado na operação''.

Além disso, afirmou que ''o jornalista não estava uniformizado. Simplesmente tinham entregue a ele elementos para sua proteção''; um capacete e um colete anti-balas.

''O colete que o jornalista usava os soldados não possuíam, não havia uniformes iguais para não ser confundido com os soldados'', disse.

Um guerrilheiro comunicou no domingo através de um vídeo que Langlois está em poder da Frente 15 das Farc como ''prisioneiro de guerra'' porque usava vestimentas militares quando foi retido durante o combate.

Pouco depois, através de uma conta no Twitter, a guerrilha comunicou que o repórter seria libertado ''em breve'', mas nesta segunda-feira outra comunicação das Farc, através de um blog na internet, indicou que essa libertação está condicionada a abrir um debate sobre o papel da imprensa na cobertura do conflito colombiano.

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