Mundo

Exército sírio bombardeia Homs; Turquia fecha embaixada

Segundo os opositores, os bombardeios em Khaldiyeh provocaram incêndios no bairro

Imagem de vídeo disponibilizado no YouTube mostra ataques a Homs no sábado
 (AFP)

Imagem de vídeo disponibilizado no YouTube mostra ataques a Homs no sábado (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de março de 2012 às 08h27.

Beirute - O Exército sírio bombardeava nesta segunda-feira o bairro de Khaldiyehe na cidade de Homs, centro da Síria, após manifestações noturnas em todo o país, no mesmo dia em que a Turquia anunciou o fechamento de sua embaixada em Damasco em consequência das atuais condições de segurança no país.

Os bombardeios em Khaldiyeh provocaram incêndios no bairro, segundo os Comitês Locais de Coordenação (LCC), que lideram os protestos contra o regime de Bashar al-Assad.

Em Hama (centro), muitos moradores saíram às ruas em vários bairros no domingo à noite para denunciar os ataques do Exército.

Também foram registradas manifestações em Damasco e Aleppo (norte) e nas regiões vizinhas a estsa cidades, em apoio aos desertores do Exército Sírio Livre (ESL) e para exigir a queda de Assad.

Dois militantes sírios detidos há mais de 50 dias foram libertados no domingo, anunciou o advogado Muchel Shammas.

Bahraa Abdennabi Hijazi, diretora de curtas-metragens e documentários e filha de um famoso escritor e jornalista sírio, e Anas Abdessalam, militante dos direitos humanos, haviam sido detidos no dia 2 de fevereiro acusados de "constituição de uma organização secreta".

Também nesta segunda-feira, o governo turco anunciou o fechamento da embaixada em Damasco.

"As atividades da embaixada da Turquia foram suspensas a partir da manhã desta segunda-feira", afirmou uma fonte diplomática que pediu anonimato.

O consulado geral da Turquia em Aleppo, a grande cidade síria do norte do país, perto da fronteira com a Turquia, permanecerá aberto.

"O fechamento de nossa embaixada é evidentemente uma mensagem política forte ao regime de Damasco", destacou a fonte.

Vários países da União Europeia (Itália, Espanha, França, Grã-Bretanha, Holanda), Estados Unidos e as seis monarquias árabes do Golfo já adotaram a mesma medida.

Em Seul, à margem de uma reunião de cúpula sobre a segurança nuclear, o presidente americano, Barack Obama, e seu colega russo, Dmitri Medvedev, afirmaram que apóiam o plano do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, para a Síria e a instauração em Damasco de um governo "legítimo".

Acompanhe tudo sobre:MortesSíriaViolência urbana

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia