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Exército libanês começa a tomar o controle de Trípoli

O exército libanês começou seu deslocamento para controlar a cidade de Trípoli, após uma ordem das autoridades

Violência no Líbano: enfrentamentos sectários causaram desde sábado passado 12 mortos e 113 feridos (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2013 às 15h58.

Beirute -  O exército libanês começou nesta segunda-feira seu deslocamento para controlar a cidade de Trípoli, onde deteve pelo menos 21 pessoas, embora os combates entre os partidários e opositores do regime sírio tenham sido reatados.

Os enfrentamentos sectários, principalmente entre habitantes de dois bairros rivais - um de maioria sunita e outro alauita - deixaram desde sábado passado 12 mortos e 113 feridos, segundo os últimos números fornecidos hoje à Agência Efe pela polícia.

Diante desse aumento da violência o governo libanês encarregou ontem ao exército que tome o controle durante seis meses de Trípoli, transformada em cenário libanês do conflito sírio.

Os soldados das forças armadas fazem batidas em várias áreas da segunda cidade do Líbano para capturar pessoas procuradas pela Justiça, informou a imprensa local.

Pelo menos 21 pessoas foram detidas por diferentes delitos como o de cometer atos violentos, afirmou em comunicado o exército, que explicou que oito dos detidos foram entregues à Justiça militar, enquanto os demais estão sendo interrogados.

Também há patrulhas e postos de controle da polícia, mas todos os órgãos de segurança estão sob o comando das Forças Armadas.

Apesar do incidente, foram ouvidos novamente hoje disparos entre os bairros de Bab el Ramel e a mesquita ao Amacie, depois que o exército aplainasse vários esconderijos de supostos milicianos.

Os franco-atiradores continuam ativos também entre os bairros de Bab el Tebaneh (sunita) e Jabal Mohsen, de maioria alauita, seita à qual pertence o presidente sírio, Bashar al Assad.

Além disso, a situação continua tensa na avenida que separa esses dois bairros e na estrada internacional que leva à região de Akkar, fronteiriça com a Síria.

O chefe do exército libanês, general Jean Kajwayi, se reuniu hoje com ulemás e destacou que os militares farão frente aos agressores "sem levar em consideração de onde venham nem sua pertinência política".

Por sua parte, o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, declarou em entrevista coletiva que "ninguém poderá dar cobertura aos malfeitores e aos que atacam às forças de segurança", nem se perdoará os culpados do duplo atentado em Trípoli que no último dia 23 de agosto deixou 47 mortos e 900 feridos.

Desde o início da crise síria em março de 2011, o Líbano foi palco de enfrentamentos entre partidários e opositores do regime de Damasco, assassinatos, ataques na fronteira, atentados terroristas e sequestros.

Atualizada às 16h58

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Beirute -  O exército libanês começou nesta segunda-feira seu deslocamento para controlar a cidade de Trípoli, onde deteve pelo menos 21 pessoas, embora os combates entre os partidários e opositores do regime sírio tenham sido reatados.

Os enfrentamentos sectários, principalmente entre habitantes de dois bairros rivais - um de maioria sunita e outro alauita - deixaram desde sábado passado 12 mortos e 113 feridos, segundo os últimos números fornecidos hoje à Agência Efe pela polícia.

Diante desse aumento da violência o governo libanês encarregou ontem ao exército que tome o controle durante seis meses de Trípoli, transformada em cenário libanês do conflito sírio.

Os soldados das forças armadas fazem batidas em várias áreas da segunda cidade do Líbano para capturar pessoas procuradas pela Justiça, informou a imprensa local.

Pelo menos 21 pessoas foram detidas por diferentes delitos como o de cometer atos violentos, afirmou em comunicado o exército, que explicou que oito dos detidos foram entregues à Justiça militar, enquanto os demais estão sendo interrogados.

Também há patrulhas e postos de controle da polícia, mas todos os órgãos de segurança estão sob o comando das Forças Armadas.

Apesar do incidente, foram ouvidos novamente hoje disparos entre os bairros de Bab el Ramel e a mesquita ao Amacie, depois que o exército aplainasse vários esconderijos de supostos milicianos.

Os franco-atiradores continuam ativos também entre os bairros de Bab el Tebaneh (sunita) e Jabal Mohsen, de maioria alauita, seita à qual pertence o presidente sírio, Bashar al Assad.

Além disso, a situação continua tensa na avenida que separa esses dois bairros e na estrada internacional que leva à região de Akkar, fronteiriça com a Síria.

O chefe do exército libanês, general Jean Kajwayi, se reuniu hoje com ulemás e destacou que os militares farão frente aos agressores "sem levar em consideração de onde venham nem sua pertinência política".

Por sua parte, o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, declarou em entrevista coletiva que "ninguém poderá dar cobertura aos malfeitores e aos que atacam às forças de segurança", nem se perdoará os culpados do duplo atentado em Trípoli que no último dia 23 de agosto deixou 47 mortos e 900 feridos.

Desde o início da crise síria em março de 2011, o Líbano foi palco de enfrentamentos entre partidários e opositores do regime de Damasco, assassinatos, ataques na fronteira, atentados terroristas e sequestros.

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