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Exército israelense recomendará libertação de mais presos do Fatah

O objetivo é reforçar a popularidade do presidente Mahmoud Abbas frente ao Hamas, que conseguiu libertar mais de mil prisioneiros com a troca pelo soldado Shalit

A libertação em massa de presos potencializou o movimento islamita Hamas (Mahmud Hams/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2011 às 11h48.

Jerusalém - O Exército israelense recomendará ao governo libertar mais presos do partido palestino Fatah para reforçar a popularidade do presidente Mahmoud Abbas frente ao Hamas, que conseguiu libertar mais de mil prisioneiros com a troca pelo soldado Gilad Shalit, informou nesta segunda-feira o jornal 'Haaretz'.

As Forças de Defesa de Israel consideram que uma série de gestos para fortalecer o moderado Abbas deve ser encorajada, uma ideia que não é bem vista entre os assessores do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, segundo o jornal.

O jornal informou que o Exército prepara um documento que será entregue em novembro no qual propõe uma série de gestos, incluindo uma nova libertação de presos, que coincidiria com a celebração muçulmana do Eid al-Adha, ou Festa do Sacrifício.

As agências de inteligência israelenses consideram que Abbas ficou enfraquecido frente à opinião pública palestina após a troca de prisioneiros com o Hamas, realizada na semana passada e que deixou na rua 477 ex-detentos, 300 deles acusados de crimes graves, e que culminará em dois meses com a libertação de mais 550 pessoas, que serão escolhidas por Israel.

Outro gesto proposto seria a transferência do território palestino da zona B - sob controle militar israelense e administrativo da Autoridade Nacional Palestina (ANP) - para a zona A, sob controle total da ANP.

Também foi proposta a devolução de corpos de terroristas em poder israelense que, segundo o jornal 'Haaretz', estava prevista há vários meses e acabou sendo cancelada por ordem de Netanyahu e do ministro da Defesa, Ehud Barak.

A libertação em massa de presos, um assunto muito delicado entre a população pelo altíssimo número de palestinos que passaram nas últimas décadas por prisões israelenses, potencializou o movimento islamita Hamas, cujas bandeiras e slogans apareceram na semana passada na Cisjordânia e Jerusalém Oriental pela primeira vez em anos.

A troca transpareceu um claro triunfo da organização, que governa Gaza e exigiu a libertação não só de seus próprios membros, mas também de muitos reclusos de outras facções palestinas, como os do movimento Fatah, liderado por Abbas e com o qual mantém um sério conflito desde 2007, apesar do acordo de reconciliação de 4 de maio.

O pacto reforçou entre os palestinos a ideia de que com Israel só funciona a resistência armada e unicamente atos violentos como capturas de soldados que são utilizados para devolver às suas casas os presos palestinos.

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As Forças de Defesa de Israel consideram que uma série de gestos para fortalecer o moderado Abbas deve ser encorajada, uma ideia que não é bem vista entre os assessores do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, segundo o jornal.

O jornal informou que o Exército prepara um documento que será entregue em novembro no qual propõe uma série de gestos, incluindo uma nova libertação de presos, que coincidiria com a celebração muçulmana do Eid al-Adha, ou Festa do Sacrifício.

As agências de inteligência israelenses consideram que Abbas ficou enfraquecido frente à opinião pública palestina após a troca de prisioneiros com o Hamas, realizada na semana passada e que deixou na rua 477 ex-detentos, 300 deles acusados de crimes graves, e que culminará em dois meses com a libertação de mais 550 pessoas, que serão escolhidas por Israel.

Outro gesto proposto seria a transferência do território palestino da zona B - sob controle militar israelense e administrativo da Autoridade Nacional Palestina (ANP) - para a zona A, sob controle total da ANP.

Também foi proposta a devolução de corpos de terroristas em poder israelense que, segundo o jornal 'Haaretz', estava prevista há vários meses e acabou sendo cancelada por ordem de Netanyahu e do ministro da Defesa, Ehud Barak.

A libertação em massa de presos, um assunto muito delicado entre a população pelo altíssimo número de palestinos que passaram nas últimas décadas por prisões israelenses, potencializou o movimento islamita Hamas, cujas bandeiras e slogans apareceram na semana passada na Cisjordânia e Jerusalém Oriental pela primeira vez em anos.

A troca transpareceu um claro triunfo da organização, que governa Gaza e exigiu a libertação não só de seus próprios membros, mas também de muitos reclusos de outras facções palestinas, como os do movimento Fatah, liderado por Abbas e com o qual mantém um sério conflito desde 2007, apesar do acordo de reconciliação de 4 de maio.

O pacto reforçou entre os palestinos a ideia de que com Israel só funciona a resistência armada e unicamente atos violentos como capturas de soldados que são utilizados para devolver às suas casas os presos palestinos.

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