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Ex-talibãs de Paquistão e Afeganistão juram lealdade ao EI

A maioria desses ex-comandantes talibãs já havia mostrado seu apoio ao EI, individualmente, mas, desta vez, anunciou um comando central no coração de sua nova associação

(Setembro) Bandeira do Estado Islâmico na cidade iraquiana de Rashad (Afp.com / Jm Lopez)

(Setembro) Bandeira do Estado Islâmico na cidade iraquiana de Rashad (Afp.com / Jm Lopez)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2015 às 15h36.

Islamabad - Quase dez ex-comandantes talibãs do Paquistão e do Afeganistão juraram lealdade coletiva ao grupo Estado Islâmico (EI), de acordo com um vídeo divulgado neste fim de semana em fóruns jihadistas on-line.

Alguns panfletos convocando a adesão ao EI aparecerem nestes últimos meses no nordeste do Paquistão e no sul do Afeganistão. Pelo menos cinco ex-combatentes talibãs paquistaneses e três ex-comandantes afegãos de média, ou baixa patente, já anunciaram seu apoio.

Nesse vídeo publicado no sábado e dirigido ao grupo jihadista, os quase dez ex-comandantes talibãs juram "coletivamente" lealdade ao EI - que proclamou um califado nas zonas sob seu controle na Síria e no Iraque - e ao líder do grupo, Abu Bakr al-Bagdadi.

A maioria desses ex-comandantes talibãs já havia mostrado seu apoio ao EI, individualmente, mas, desta vez, anunciou um comando central no coração de sua nova associação. Os jihadistas afirmam estar dirigidos localmente por Saed Khan, um combatente da zona tribal de Orakzai, no noroeste paquistanês.

"Reunimos os emires de dez grupos que desejam jurar lealdade" a Bagdadi, afirma neste vídeo Shahidulah Shahid, ex-porta-voz do Movimento dos Talibãs do Paquistão (TTP, na sigla em inglês), acrescentando que nomearam Khan como "emir" local.

Os talibãs do Paquistão e do Afeganistão consideram o chefe dos talibãs afegãos, o mulá Omar, como o "emir" de um eventual califado.

Nos últimos meses, as autoridades afegãs e paquistanesas temem a presença do EI na região em um contexto de incerteza, após o final da missão de combate da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), no Afeganistão.

No fim do vídeo de 16 minutos, filmado em uma região montanhosa não identificada, um homem, apresentado como um soldado do Exército paquistanês, é decapitado.

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