Gary Johnson vai para o Partido Libertário (Mark Wilson/Getty images)
Da Redação
Publicado em 28 de dezembro de 2011 às 21h30.
Washington - O ex-governador do Novo México, Gary Johnson, anunciou nesta quarta-feira a intenção de disputar a Presidência dos Estados Unidos como candidato do Partido Libertário, cansado do bipartidarismo e após abandonar a corrida pela nomeação republicana.
Em entrevista coletiva em Santa Fé, no Novo México, Johnson expressou sua frustração com os dois grandes partidos dos EUA, especialmente com o Republicano, onde se sentiu 'rejeitado'.
'Estamos fartos do bipartidarismo. O Partido Democrata, eu acredito, deu as costas aos direitos dos gays, à sua base antiguerra. E os republicanos já não são bons administradores do dinheiro dos contribuintes', lamentou Johnson, que foi governador do Novo México em duas ocasiões.
O ex-governador abandona assim a corrida pela nomeação presidencial republicana. Sua campanha não despertou atenção midiática, não ganhou muitos adeptos e Johnson só participou de um par de debates televisivos entre os pré-candidatos.
Agora começará uma nova campanha para conseguir a candidatura presidencial pelo Partido Libertário, caracterizado pela defesa da ideologia ultraliberal no âmbito econômico e pelo progressismo no terreno social.
Ron Paul, outro dos pré-candidatos republicanos e conhecido por suas posturas liberais, também insinuou que disputaria a nomeação do Partido Libertário se não conseguir um bom resultado nas primárias que começam no próximo dia 3 de janeiro em Iowa.
Além disso, na semana passada, o empresário e multimilionário Donald Trump mudou sua afiliação política de republicano para independente, o que voltou a disparar as especulações sobre sua intenção de ser candidato nas eleições de novembro de 2012, nas quais o presidente Barack Obama tentará a reeleição.
O magnata imobiliário chegou a cogitar no começo do ano uma candidatura presidencial republicana, mas depois descartou a possibilidade. No mês passado, o próprio Trump comentou que poderia entrar na corrida pela Presidência se o Partido Republicano não escolher em suas primárias o 'candidato adequado'.
Os analistas concordam que, se aparecer um candidato de terceira via, isso pode fragmentar o eleitorado republicano e provocar, em última instância, uma vitória por ampla margem de votos de Obama.