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Ex-presidente mexicano é acusado por rival de impor exceção

Humberto Moreira acusou o ex-presidente Felipe Calderón por considerá-lo um "criminoso de guerra" que impôs "um estado de exceção" no país


	Humberto Moreira (E) comemora durante as eleições estaduais do México: o partido do atual presidente retornou ao poder após ter governado o México de 1929 a 2000
 (Alfredo Estrella/AFP)

Humberto Moreira (E) comemora durante as eleições estaduais do México: o partido do atual presidente retornou ao poder após ter governado o México de 1929 a 2000 (Alfredo Estrella/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2012 às 12h55.

México - Humberto Moreira, que dirigiu em 2011 o partido que governa atualmente o México (PRI), confirmou na terça-feira à AFP que acusou o ex-presidente Felipe Calderón perante o Tribunal Penal Internacional de Haia por considerá-lo um "criminoso de guerra" que impôs "um estado de exceção" no país.

Com esta iniciativa judicial, "busco que o agora ex-presidente Calderón seja castigado", disse Moreira à AFP, confirmando versões da imprensa local.

Moreira, que de março a dezembro de 2011 esteve à frente do Partido Revolucionário Institucional (PRI), que justamente retornou à presidência do México neste ano depois de ter governado de 1929 a 2000, acrescentou que considera Calderón "um criminoso de guerra".

O texto acusatório que Moreira afirma ter enviado à procuradora Fatou Bensouda em Haia, e ao qual a AFP teve acesso, está datado de 28 de novembro, quando a presidência ainda era ocupada por Calderón, que em 2006 lançou uma luta militarizada contra os cartéis da droga que deixa ao menos 60.000 mortos até o presente, segundo organizações de direitos humanos.

Membro do conservador Partido Ação Nacional (PAN), Calderón (2006-2012) impôs "um Estado de exceção no qual, longe de proteger a população civil nas operações militares, como prescrevem os tratados de Genebra, as Forças Armadas sistematicamente atentaram contra a vida e a integridade corporal das pessoas" alheias ao crime organizado, denunciou Moreira.

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