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Ex-presidente marfinense Gbagbo comparece ao TPI

Político é acusado de crimes contra a humanidade durante a crise eleitoral no final de 2010

Laurent Gbagbo se recusou a deixar o poder após perder as eleições (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2011 às 12h42.

Haia, Holanda - O ex-presidente da Costa do Marfim Laurent Gbagbo, acusado de crimes contra a humanidade cometidos durante a crise pós-eleitoral (2010-2011), compareceu nesta segunda-feira pela primeira vez ao Tribunal Penal Internacional (TPI).

"Me prenderam em 11 de abril de 2011 sob as bombas francesas", declarou Gbagbo, pouco depois de apresentar-se no início da audiência.

"O Exército francês se encarregou da tarefa", acrescentou ante a juíza Silvia Fernández de Gurmendi, que presidia a audiência.

Nesta primeira audiência, em Haia, sede do TPI, após a comprovação da identidade, os juízes pretendiam assegurar que Gbagbo foi informado claramente de todas as acusações recebidas e dos direitos reconhecidos pelo Estatuto de Roma, o tratado fundador do TPI.

Gbagbo, primeiro chefe de Estado entregue ao TPI, que começou a funcionar em 2002, recebeu acusações de crimes contra a humanidade: assassinato, estupro, atos desumanos e perseguição cometidos entre 16 de dezembro de 2010 e 12 de abril de 2011, após as eleições celebradas em seu país.

A recusa de Gbagbo, de 66 anos, a ceder o poder a seu rival Alassane Ouattara levou o país a uma explosão de violência que matou 3.000 pessoas.

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"Me prenderam em 11 de abril de 2011 sob as bombas francesas", declarou Gbagbo, pouco depois de apresentar-se no início da audiência.

"O Exército francês se encarregou da tarefa", acrescentou ante a juíza Silvia Fernández de Gurmendi, que presidia a audiência.

Nesta primeira audiência, em Haia, sede do TPI, após a comprovação da identidade, os juízes pretendiam assegurar que Gbagbo foi informado claramente de todas as acusações recebidas e dos direitos reconhecidos pelo Estatuto de Roma, o tratado fundador do TPI.

Gbagbo, primeiro chefe de Estado entregue ao TPI, que começou a funcionar em 2002, recebeu acusações de crimes contra a humanidade: assassinato, estupro, atos desumanos e perseguição cometidos entre 16 de dezembro de 2010 e 12 de abril de 2011, após as eleições celebradas em seu país.

A recusa de Gbagbo, de 66 anos, a ceder o poder a seu rival Alassane Ouattara levou o país a uma explosão de violência que matou 3.000 pessoas.

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