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Ex-presidente francês Sarkozy agradece apoio após condenação

É a 2ª condenação do ex-presidente francês, que em março foi sentenciado por corrupção e tráfico de influência e é alvo de outras acusações e investigações

Nicolas Sarkozy antes de sessão de autógrafos de seu livro mais recente em Paris (Foto/AFP)

Nicolas Sarkozy antes de sessão de autógrafos de seu livro mais recente em Paris (Foto/AFP)

"As pessoas não se deixam enganar por nada", declarou neste sábado o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, que foi condenado a um ano de prisão por financiamento ilegal da campanha presidencial de 2012.

O ex-chefe de Estado, que vai recorrer contra a sentença, autografou neste sábado seu livro mais recente em uma livraria da zona oeste de Paris. Ele foi recebido por quase 200 pessoas, que expressaram apoio e pediram para que ele "aguente" e tenha "coragem.

"É muito emocionante e ao mesmo tempo muito tranquilizador sobre o estado de espírito do país, sobre o fato de que as pessoas não se deixam enganar por nada (...) elas entenderam", declarou Sarkozy antes de começar a autografar os exemplares de seu livro "Promenades".

Na quinta-feira, depois de sua condenação, ele denunciou uma "injustiça" nas redes sociais e prometeu que iria "até o fim para continuar com este combate, tão necessário, pela verdade e pela justiça".

Ao ser perguntado neste sábado sobre o primeiro-ministro, Jean Castex, que expressou "amizade e afeto a título pessoal", Sarkozy - que presidiu a França de 2007 a 2012, declarou: "Fico muito feliz, não me surpreende vindo dele, sou muito sensível (a suas palavras), recebi milhares e milhares de mensagens de apoio".

Um jornalista questionou se ele recebeu mensagem de apoio do atual presidente francês, Emmanuel Macron, e Sarkozy respondeu: "Perguntem a ele, não sou eu que tenho que dizer.

Sarkozy, 66 anos, se tornou em março o primeiro ex-presidente da Quinta República (regime iniciado em 1958) a ser condenado a uma pena de prisão confirmada (um ano) por corrupção e tráfico de influência, em outro processo. A defesa também recorreu contra a sentença.

A condenação de quinta-feira aconteceu no caso conhecido como Bygmalion, que envolve as contas da campanha da eleição presidencial de 2012, que o então chefe de Estado perdeu para o socialista François Hollande.

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