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Ex-presidente de Taiwan é acusado de crimes financeiros

O ex-presidente é acusado de abuso de confiança e crimes financeiros na venda de ativos do seu partido, que acumulou grandes riquezas desde 1949 até 2000

O partido KMT qualificou as acusações como "ataque surpresa" (Ashley Pon/Reuters)

O partido KMT qualificou as acusações como "ataque surpresa" (Ashley Pon/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de julho de 2018 às 13h53.

Taipé - O ex-presidente de Taiwan Ma Ying-jeou foi acusado formalmente nesta terça-feira de abuso de confiança e crimes financeiros na venda de ativos do seu partido, o opositor Kuomintang (KMT), informou a Propcuradoria de Taipé.

O KMT acumulou grandes riquezas em dinheiro, ativos e bens imobiliários durante seu controle do governo de Taiwan desde 1949 até 2000, que a oposição considera ter origem em grande parte de apropriações ilegais e que às vezes foram mal vendidos para beneficiar membros e amigos do partido.

Os procuradores taiuaneses disseram ter encontrado ilegalidades na venda das empresas Hua Hsia Investment Holding (2005), China Television (2006) e do edifício da antiga sede do KMT em Taipé, também em 2006.

As vendas da Central Motion Picture e da Corporação de Radiodifusão da China (BCC), ambas em 2006, também estão sob suspeita.

Todas estas transações ocorreram quando Ma era presidente do KMT e, segundo os procuradores, ele aprovou as vendas a preços abaixo do valor de mercado "para se desfazer dos ativos", diante do perigo de confisco porque os bens foram obtidos ilegalmente.

O KMT qualificou as acusações de "ataque surpresa" e os procuradores de "sicários políticos" que mancham a independência judicial e o sistema de justiça.

Ma Ying-jeou, por meio do seu porta-voz, disse que "não se surpreendia" com a acusação, mas se sinta muito "zangado" pela utilização política da justiça por parte do atual governo do Partido Democrata Progressista.

Ma, que foi presidente de Taiwan de 2008 a 2016 e esteve à frente do processo de distensão com a China, foi condenado em segunda instância, em 15 de maio deste ano, a quatro meses de prisão por um vazamento de informações relacionadas à segurança nacional e recorreu da sentença.

O político, também presidente do KMT de 2009 a 2014, foi acusado formalmente de vários casos de corrupção no uso de verbas públicas, mas até o momento foi absolvido de todas essas acusações.

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