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Ex-presidente das Filipinas é detida em hospital de Manila

Justiça emitiu uma ordem de prisão contra Gloria Arroyo por fraudes na eleição de 2007

Gloria Macapagal Arroyo pode ser condenada a até 40 anos de prisão (Noel Celis/AFP)

Gloria Macapagal Arroyo pode ser condenada a até 40 anos de prisão (Noel Celis/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2011 às 09h47.

Manila - A Polícia das Filipinas deteve nesta sexta-feira em um clínica de Manila a ex-presidente Gloria Macapagal Arroyo, em cumprimento da ordem de detenção emitida por um Tribunal de Justiça por suposta fraude nas eleições de 2007.

Pelo menos três policiais entraram no hospital de Saint Luke, no qual Gloria está internada, e executaram a ordem judicial emitida depois que a Comissão Eleitoral a acusou formalmente.

Até o momento, a acusada, de 64 anos, está sob custódia policial no hospital, onde se recupera de uma recente operação na coluna e um problema nas vértebras cervicais.

O delito pelo qual Gloria é acusada prevê uma pena de até 40 anos de prisão.

Os advogados da ex-presidente recorreram da ordem de detenção por entenderem que o procedimento judicial corresponde ao Tribunal Anticorrupção, e não ao Tribunal Regional de Pasay, que emitiu a o mandado de prisão.

A Corte de Pasay, em Manila, emitiu nesta sexta-feira outras duas ordens de detenção a Andal Ampatuan, ex-governador da província de Maguindanao e detido por envolvimento no massacre de 57 pessoas em 2009, e Lintang Bedol, supervisor eleitoral dessa região quando aconteceu a suposta fraude.

Benjamin Abalos, presidente da Comissão Eleitoral durante os incidentes também foi processado, mas até o momento não recebeu nenhuma ordem de detenção.

José Miguel Arroyo, marido da ex-presidente e também sob investigação, foi exonerado por falta de provas.

A ex-presidente tentou viajar para Cingapura na última terça-feira após obter a permissão do Supremo, mas o governo impediu sua saída ao incluir seu nome na lista de pessoas com risco de fuga.

Gloria, que governou as Filipinas entre 2001 e 2010 e que tem outros seis casos pendentes nos tribunais, tinha planejado tentar sair novamente do país nesta sexta-feira.

Até o momento, nenhuma das acusações de delitos atribuídos à ex-presidente e seu marido foram provadas em um tribunal de justiça. 

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