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Ex-presidente da Gâmbia deixa o país após 22 anos no poder

Na noite de sexta-feira, Yahya Jammeh disse que abriria mão do cargo após 22 anos no poder

Yahya Jammeh: ele estava há duas décadas no poder (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
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EFE

Publicado em 21 de janeiro de 2017 às 22h25.

Dacar - O ex-presidente Yahya Jammeh deixou nesta noite a capital da Gâmbia, Banjul, com destino à Guiné - que lhe ofereceu asilo - para pôr fim à crise política, depois do anúncio na noite de sexta-feira que ele abriria mão do cargo após 22 anos no poder, informou a imprensa local.

O avião, fretado pelo presidente da Guiné, Alpha Condé, decolou do Aeroporto Internacional de Banjul pouco depois das 21h (horário local, 19h em Brasília), informou a "Sud Radio", do Senegal.

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A Gâmbia põe assim fim à crise política gerada após a recusa do ex-presidente de ceder o poder ao presidente eleito, Adama Barrow, que após assumir o cargo no exílio, deve voltar a seu país para formar governo.

Jammeh aceitou entregar o poder ao candidato eleito nas urnas em 1º de dezembro do ano passado, após ceder às pressões diplomáticas e à ameaça de intervenção militar de um bloco de países da África Ocidental.

"Decidi hoje de boa consciência renunciar à liderança desta grande nação com infinita gratidão a todos os gambianos", disse Jammeh na televisão do país, ao anunciar que deixava o poder.

"Prometo perante Alá e toda a nação que todas as questões que atualmente enfrentamos serão resolvidas pacificamente (...) Não é necessário que uma só gota de sangue seja derramada", acrescentou em seu discurso.

Pelo menos 45 mil pessoas fugiram da Gâmbia e se refugiaram no Senegal devido à incerteza política do país nos últimos dias.

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