Mundo

Ex-governante tailandesa ficará detida, diz imprensa

Ex-primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, permanecerá detida por três dias em um quartel militar


	Ex-premiê da Tailândia, Yingluck Shinawatra: Yingluck está sendo transferida a quartel
 (Getty Images)

Ex-premiê da Tailândia, Yingluck Shinawatra: Yingluck está sendo transferida a quartel (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2014 às 13h29.

Bangcoc - A ex-primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, permanecerá detida por três dias em um quartel militar, após comparecer perante a Junta que deu um golpe de Estado.

O jornal tailandês "Naew Na" informa que Yingluck está sendo transferida a um quartel da província de Saraburi, divisória com Bangcoc.

Yingluck, forçada a renunciar há duas semanas pelo Tribunal Constitucional que a considerou culpada por um delito de abuso de poder, é uma das mais de 100 personalidades que a nova Junta militar citou hoje no Clube do Exército em Bangcoc, sob ordem de detenção.

Seu sucessor, Niwatthamrong Bonsongpaisan, que se encontrava em paradeiro desconhecido desde o golpe de ontem, também se apresentou, assim como Somchai Wongsabat, primeiro-ministro em 2008, e a esposa deste, Yaowapa, que é irmã de Yingluck.

Outro dos convocados foi Noppdon Pattama, assessor legal do ex- primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, irmão de Yingluck e Yaowapa e figura-chave da crise política que consome a Tailândia.

As citações foram emitidas pouco antes que o chefe do Exército, Prayuth Chan-ocha, se autoproclamou primeiro-ministro interino da Tailândia.

A intervenção militar aconteceu após oito meses de protestos para derrubar o governo, que custaram 28 vidas e deixaram mais de 800 feridos.

Menos de 24 horas depois do golpe de Estado, o 12° da Tailândia democrática, os acampamentos dos manifestantes antigovernamentais e pró-governo em Bangcoc se desmantelaram e seus ocupantes retornaram para suas casas.

A Constituição foi suspensa, salvo as disposições referentes ao Rei, foi decretado um toque de recolher das 22h até 5h, foram proibidas as reuniões públicas de mais de cinco pessoas e houve reações contra a imprensa, com o fechamento de canais de radio e televisão e a ameaça de fechar qualquer meio que provoque agitação.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCrise políticaTailândia

Mais de Mundo

Tailândia anuncia que se juntará ao Brics como Estado associado em 1º de janeiro

Mediadores querem fechar acordo de trégua em Gaza antes da posse de Trump

Governo da Alemanha acusa Musk de tentar interferir em eleições do país