Mundo

Ex-funcionários da CIA dizem que relatório é equivocado

Grupo de ex-funcionário de alta patente da CIA contestou o relatório de um comitê do Senado dos Estados Unidos


	CIA: relatório concluiu que a CIA falhou em desmantelar qualquer conspiração subsequentes aos ataques, apesar de ter torturado prisioneiros
 (Saul Loeb/AFP)

CIA: relatório concluiu que a CIA falhou em desmantelar qualquer conspiração subsequentes aos ataques, apesar de ter torturado prisioneiros (Saul Loeb/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2014 às 12h59.

Washington - Um grupo de ex-funcionário de alta patente da CIA contestou o relatório de um comitê do Senado dos Estados Unidos, segundo o qual as técnicas de interrogatório da agência não obtiveram informações valiosas de inteligência, e afirmou que esse trabalho salvou milhares de vidas.

O ex-diretores da CIA George Tenet, Porter Goss e Michael Hayden, assim como outros três ex-vice-diretores, escreveram em um artigo, publicado nesta quarta-feira no Wall Street Journal, que o relatório do Comitê de Inteligência do Senado estava errado em afirmar que a agência foi enganosa sobre seus trabalhos em seguida aos ataques de 11 de setembro de 2001, nos EUA.

"O comitê nos deu... um estudo unilateral marcado por erros sobre fatos e interpretações --essencialmente um ataque parcial e pobremente elaborado contra uma agência que fez o máximo para proteger a América depois dos ataques de 11 de Setembro", disseram.

O relatório concluiu que a CIA falhou em desmantelar qualquer conspiração subsequentes aos ataques, apesar de ter torturado prisioneiros durante o governo de George W. Bush.

Mas os diretores da CIA disseram que os EUA nunca teriam localizado e matado o líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, em 2011 não fossem as informações obtidas no programa de interrogatórios.

Seus métodos também levaram à captura de membros de alto escalão da Al Qaeda, à obtenção de informações valiosas sobre a organização e ao salvamento de centenas de vidas ao desmantelar planos da Al Queda, incluindo um ataque similar aos de 11 de Setembro.

Os ex-diretores da CIA defenderam o programa de interrogatórios, dizendo que os agentes se encontravam em um "cenário bomba-relógio" sem precedentes, que exigia ações rápidas.

Eles disseram que o relatório do comitê do senado estava "simplesmente errado" em afirmar que a CIA ludibriou a Casa Branca, o Departamento de Justiça, o Congresso e o público sobre seis métodos de trabalho.

A CIA buscou e recebeu confirmação da Casa Branca e do Departamento de Justiça a respeito de seus programas e também manteve o Congresso informado, disseram.

"De nenhuma maneira alegamos ter feito tudo perfeitamente, especialmente nas circunstâncias emergenciais e muitas vezes caóticas confrontadas na sequência imediata do 11 de setembro", escreveram os ex-diretores.

Acompanhe tudo sobre:CIAEstados Unidos (EUA)Países ricosseguranca-digital

Mais de Mundo

Corte Constitucional de Moçambique confirma vitória do partido governista nas eleições

Terremoto de magnitude 6,1 sacode leste de Cuba

Drones sobre bases militares dos EUA levantam preocupações sobre segurança nacional

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA