Outras três pessoas, entre elas o presidente da ADK, Shinichi Ueno, também foram detidas nesta quarta (ISSEI KATO/POOL/AFP/Getty Images)
AFP
Publicado em 19 de outubro de 2022 às 15h17.
Última atualização em 19 de outubro de 2022 às 15h22.
O escândalo de corrupção em torno dos Jogos Olímpicos de Tóquio viveu um novo capítulo nesta quarta-feira, 19, com a detenção, pela quarta vez, de um ex-dirigente da organização do evento, no marco de uma investigação sobre possíveis subornos.
Segundo documentos da Promotoria de Tóquio, Haruyuki Takahashi, de 78 anos, é acusado de receber 54 milhões de ienes (cerca de US$ 360 mil) em propinas pagas por uma grande agência de publicidade e por um fabricante de "produtos licenciados".
Os promotores o acusam de ajudar a ADK Holdings a conseguir um contrato de publicidade vinculado aos Jogos e de ter recebido em troca 47 milhões de ienes "consciente de que se tratava de uma compensação".
Takahashi também teria recebido 7 milhões de ienes de uma empresa identificada pela imprensa japonesa como Sun Arrow, fabricante de pelúcias encarregada de produzir os mascotes dos Jogos Olímpicos.
Outras três pessoas, entre elas o presidente da ADK, Shinichi Ueno, também foram detidas nesta quarta.
Takahashi foi detido pela primeira vez em agosto, suspeito de receber mais de € 320 mil da rede de vestuário Aoki Holdings, após a assinatura de um contrato entre sua empresa e o grupo, que se tornou patrocinador oficial dos Jogos.
Ele é acusado de receber propinas em um valor total de 196 milhões de ienes (€ 1,3 milhão) de empresas como o grupo editorial Kadokawa e a agência publicitária Daiko.
Suspeitas de corrupção também rondam o processo de escolha de Tóquio como sede dos Jogos, realizados em 2021 devido à pandemia de covid-19.
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