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Ex-diretor da Oxfam diz ser alvo de "mentiras e exageros"

Roland Van Hauwermeiren é acusado de promover festas de sexo durante o período em que estava liderando operações da organização de caridade no Haiti

Oxfam: Van Hauwermeiren disse ao jornal que irá responder por meio de um advogado no devido tempo (Andres Martinez Casares/Reuters)

Oxfam: Van Hauwermeiren disse ao jornal que irá responder por meio de um advogado no devido tempo (Andres Martinez Casares/Reuters)

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Reuters

Publicado em 15 de fevereiro de 2018 às 11h08.

Bruxelas - Roland Van Hauwermeiren, ex-diretor da organização Oxfam que está no centro de um escândalo sexual, disse a um jornal belga que não nega todas as alegações feitas contra ele, mas reclamou do que descreveu como “muitas mentiras e exageros”.

Em sua primeira resposta pública às acusações feitas na semana passada sobre festas de sexo realizadas durante o período em que estava liderando as operações da organização de caridade no Haiti depois do terremoto de 2010, Van Hauwermeiren também disse que sua família havia cortado laços com ele, segundo o jornal De Standaard.

“Eu realmente não estou a fim de comentar... O que eu vejo sendo publicado em todos os lugares é difícil de aguentar. Machuca”, disse o ex-militar, de 68 anos, sobre as alegações publicadas no jornal britânico Times de que ele teria se envolvido com prostitutas no Haiti.

“Mas, vocês deveriam saber que muitas pessoas, incluindo na mídia internacional, vão ficar vermelhas de vergonha quando ouvirem minha versão dos fatos”, disse ao De Standaard. “Não é que eu negue tudo. Há coisas que foram descritas corretamente. Mas, há muitas mentiras e exageros”.

“Festas toda semana? Casas luxuosas? Mulheres pagas com o dinheiro da organização?”.

Van Hauwermeiren disse ao jornal que irá responder por meio de um advogado no devido tempo, acrescentando: “É especialmente difícil que a minha família não queira mais me ver”.

A Reuters não pôde encontrar Van Hauwermeiren para comentar, e não foi capaz de verificar de maneira independente as alegações contidas na reportagem do Times.

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