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Ex-conselheira catalã é libertada sob fiança após se entregar na Escócia

Ex-conselheira de Educação na Catalunha, Clara Ponsatí recebeu liberdade condicional e teve de entregar passaporte

Posati: ex-conselheira do governo catalão saiu acompanhada de seu advogado e recebeu apoio após sua liberação na Escócia (Russell Cheyne/Reuters)
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EFE

Publicado em 28 de março de 2018 às 15h35.

A ex-conselheira catalã Clara Ponsatí, procurada pela justiça espanhola após o referendo realizado no ano passado na Catalunha , recebeu nesta quarta-feira liberdade condicional pagando uma fiança e ficou submetida a uma série de medidas cautelares, após se entregar voluntariamente em Edimburgo.

A corte escocesa, após escutar o depoimento de Clara, que confirmou seus dados pessoais e se opôs à extradição à Espanha, fixou o próximo dia 12 abril como data para uma nova audiência preliminar.

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Ao conceder a liberdade condicional, o juiz requereu da ex-conselheira de Educação do governo catalão a entrega do seu passaporte.

Na saída do tribunal, o advogado de Clara, Aamer Anwar, lembrou que a ordem europeia de detenção contra ela, emitida pelo Tribunal Supremo espanhol, "inclui os crimes de rebelião, punível com até 25 anos de prisão, e de desvio de fundos públicos, punível com até oito anos de prisão".

"Clara deseja que digamos que estas acusações têm motivação política e que há uma grotesca distorção da realidade. Não consegue acreditar que a façam responsável pela violência exercida no dia do referendo", disse Anwar, que leu uma declaração aos veículos de imprensa em nome de sua cliente.

O advogado indicou que a ex-conselheira opôs à extradição e negou "com contundência" as acusações pelas quais foi processada.

Clara iniciou hoje uma campanha de microfinanciamento para custear as despesas da sua defesa em um processo que, segundo Anwar, será longo e se estenderá por "pelo menos várias semanas, se não meses".

Anwar afirmou hoje que Clara apelará em todas as instâncias judiciais possíveis para evitar ser extraditada à Espanha, onde considera que seus "direitos humanos" não seriam respeitados ao não poder contar com um julgamento "com garantias". EFE

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