O ex-ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman: para ele, é preciso considerar a conquista de Gaza se o objetivo for acabar com os ataques das milícias contra cidades israelenses (Ilia Yefimovich/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2013 às 11h23.
Jerusalém - O ex-ministro das Relações Exteriores israelense e membro da coalizão de governo, Avigdor Lieberman, disse nesta segunda-feira que Israel deve conquistar a Faixa de Gaza, após o lançamento ontem à noite de vários foguetes do território palestino, que não deixaram vítimas.
"Israel terá que considerar seriamente a possibilidade de conquistar toda Gaza e limpá-la de verdade. Não tenho certeza que queiramos viver com essa situação, mas no longo prazo é inevitável", declarou à emissora "Rádio de Israel".
Lieberman é líder do direitista Yisrael Beitenu (Israel é nosso lar) e está aguardando a justiça decidir sobre um caso de corrupção em que está envolvido (se for declarado inocente, o político irá retornar ao seu cargo na chancelaria).
Para o ex-ministro, é necessário tomar o enclave litorâneo palestino se o objetivo for acabar com os ataques das milícias contra cidades israelenses.
O movimento islamita Hamas, que governa a faixa, "não tem nenhuma intenção de reconhecer Israel", por isso "não resta outro remédio" do que ocupar o território, assegurou.
O ex-chanceler, que atualmente dirige o comitê de Defesa e Relações Exteriores na Knesset (Parlamento), assegurou que se o estado judeu não responder aos ataques palestinos "de forma mais significativa", no prazo de dois anos "haverá mísseis do Hamas dirigidos a Tel Aviv e Netânia".
Gaza e seus arredores vivem um ambiente de relativa calma desde a operação Pilar Defensivo, em novembro do ano passado, e ambas as partes alcançaram, com mediação egípcia, um cessar-fogo violado ocasionalmente nos últimos meses.
No entanto, recentemente a Jihad Islâmica rompeu com o Hamas e não se considera mais vinculado à trégua.
A Força Aérea de Israel respondeu nesta manhã ao lançamento de projéteis com bombardeios a alvos que considera infraestrutura terrorista em Gaza. Não houve registros de vítimas.