Evo Morales: ele venceu sua primeira eleição em 2005, com 54% dos votos (Getty Images)
AFP
Publicado em 17 de dezembro de 2016 às 16h35.
O governista Movimento ao Socialismo (MAS) decidiu neste sábado que o presidente Evo Morales será novamente candidato à presidência nas eleições de 2019 na Bolívia, apesar de ele não estar legalmente habilitado para tal, devido ao resultado do referendo de fevereiro.
O MAS, que realizou seu congresso em Montero, leste do país, aprovou a candidatura de Morales, no poder desde 2006, por unanimidade.
O congresso partidário recomendou "quatro alternativas legais para habilitar a candidatura dentro da via constitucional", explicou um líder sindical ao ler as conclusões, já que, por agora, o mandato de Morales vai até 22 de janeiro de 2020.
A primeira sugestão é a reforma de parte da Constituição Política através de uma iniciativa cidadã , com a coleta de assinaturas equivalentes a 20% do padrão eleitoral.
O segundo caminho se refere a uma reforma constitucional que permita a reeleição de autoridades por mais de um período de forma contínua.
A terceira opção recomenda que o presidente renuncie antes das eleições de 2019, antecipando a conclusão de seu mandato atual.
A última alternativa diz respeito à habilitação a um novo mandato mediante a interpretação da Constituição Política do Estado.
Morales venceu sua primeira eleição em 2005, com 54% dos votos, foi reeleito em 2009, com 64%, e voltou a se eleger em 2014, com 61%.
Desde que chegou ao poder, Morales teve uma oposição fragmentada.