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Eurotunnel diz ter detido 37 mil imigrantes ilegais em 2015

A empresa pediu às autoridades uma "reação apropriada" ao aumento da chegada de clandestinos em suas instalações


	Trem atravessa o Canal da Mancha
 (©AFP / Denis Charlet)

Trem atravessa o Canal da Mancha (©AFP / Denis Charlet)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2015 às 07h59.

Paris - O grupo Eurotunnel, que administra a conexão ferroviária sob o Canal da Mancha entre a França e o Reino Unido, afirmou nesta quarta-feira que interceptou mais de 37 mil imigrantes ilegais que tentaram atravessar a fronteira neste ano.

Em comunicado, a empresa pediu às autoridades uma "reação apropriada" ao aumento da chegada de clandestinos em suas instalações, no mesmo dia em que um imigrante morreu atropelado por um caminhão ao tentar se esconder no veículo e cruzar o canal.

O Eurotunnel afirmou que os interceptados foram entregues às forças de segurança. Além disso, disse que apresentou "milhares de denúncias que foram sistematicamente arquivadas sem consequências pelo promotor do Tribunal de Boulogne".

O ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve, tinha acusado o Eurotunnel de não fazer o suficiente para garantir a segurança no terminal.

"A empresa, responsável pela segurança nos arredores e no interior do terminal, não fez, segundo minha análise, esforços proporcionais para responder ao agravamento da situação", escreveu o ministro em uma carta enviada ao grupo que administra a conexão.

A concessionária respondeu que, além das obrigações contratuais, aumentou as medidas de segurança, investindo 160 milhões de euros na construção de barreiras, instalação de câmeras de segurança, cercas infravermelhas e mais iluminação.

Acrescentou que duplicou o número de vigilantes, atualmente 200, incluindo equipes com cães adestrados.

"Para suprir a falta de policiais e equipamentos em Calais, o Eurotunnel chegou inclusive a fornecer seus próprios ônibus para transportar os imigrantes interceptados", indicou.

O grupo afirmou que está alertando as autoridades há meses sobre a "explosão do número de imigrantes" em Calais e das graves consequências do crescimento. 

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