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Europeus vão às urnas escolher Parlamento

Nesta semana, mais de 400 milhões de eleitores europeus se pronunciarão pela primeira vez sobre quem serão os representantes no parlamento europeu


	Sede do Parlamento Europeu: serão eleitos 751 eurodeputados que começarão sua tarefa em 1 de julho
 (Georges Gobet/AFP)

Sede do Parlamento Europeu: serão eleitos 751 eurodeputados que começarão sua tarefa em 1 de julho (Georges Gobet/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2014 às 11h19.

Bruxelas - Em apenas sete dias, mais de 400 milhões de eleitores europeus se pronunciarão pela primeira vez sobre quem serão os representantes no parlamento europeu e quem deve liderar uma Comissão Europeia nos próximos cinco anos.

O processo eleitoral que terminará no próximo domingo começará em 22 de maio com britânicos e holandeses sendo os primeiros a ir às urnas, seguidos da Irlanda (dia 23) e Estônia (dia 24), enquanto o resto fará em 25 de maio.

As urnas fecharão às 21h (GMT) do próximo domingo, uma vez que termine a votação no último colégio eleitoral na Itália, onde ocorrerá o fechamento mais tardio da União Europeia (UE).

Serão eleitos 751 eurodeputados que começarão sua tarefa em 1 de julho, quando for aberto no plenário de Estrasburgo (França) a primeira sessão da oitava legislatura do parlamento Europeu (PE).

Segundo as últimas pesquisas, o Partido Popular Europeu (PPE) pode conseguir 212 cadeiras e os Socialistas e Democratas (S&D) 209, uma pequena diferença ainda menor do que há dez dias, quando a vantagem do primeiro grupo era de 11 assentos com 216 eurodeputados frente a 205 dos social-democratas.

As previsões confirmam o aumento do peso na Eurocâmara das forças eurocépticos e de extrema direita, mas não até o ponto de mudar os atuais equilíbrios entre as formações políticas majoritárias da Eurocâmara, que seguirão representando pelo menos 80% do plenário, disseram fontes parlamentares.

Se forem cumpridas as previsões, essas forças podem criar um novo grupo de extrema direita -a Aliança Europeia pela Liberdade (AEL)- com a Frente Nacional francesa de Marine le Pen, o Partido holandês para a Liberdade (PVV) de Geert Wilders, o ultranacionalista Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ), o flamengo Vlaams Belang, os Democratas da Suécia, a Liga Norte da Itália e o SNS eslovaco.

Neste pleito, pela primeira vez, o voto para Eurocâmara é sinônimo também do voto à presidência da Comissão Europeia (CE), desde que no jantar informal de chefes de Estado e governo os líderes europeus decidam respeitar o roteiro pactuado pelas grandes famílias políticas do parlamento Europeu.

As formações políticas europeias concorrem a este pleito tendo designado previamente seu candidato para a presidência da CE, embora a última palavra a respeito corresponderá aos chefes de Estado e do governo dos vinte E oito.

'Os líderes não têm a última palavra, têm a primeira', disse à Agência Efe o porta-voz da Eurocâmara, Jaume Duch, que explicou que os vinte E oito têm que fazer sua proposta de candidato levando em conta os resultados das eleições, sendo a escolha do PE.

Se não houver acordo, os vinte E oito dispõem de um mês para apresentar a outro candidato, tal como marca o Tratado de Lisboa (2009).

O candidato do PPE é o luxemburguês Jean-Claude Juncker; o dos Socialistas (PES), o alemão Martin Schulz; dos liberais europeus (ALDE), o belga Guy Verhofstad; dos Verdes (Greens/ALE) o francês José Bové e a alemã Ska Keller, e o da esquerda europeia (PIE), o grego Alexis Tsipras.

Após 25 de maio e antes do recesso estival, o plenário europeu elegerá tanto o presidente da Eurocâmara como o da CE, que terá que passar o mês de agosto em Bruxelas desenhando o futuro Executivo comunitário.

Será colocado um ponto final assim aos oito anos de liderança do português José Manuel Durão Barroso, uma etapa marcada em sua segunda metade pela pior crise econômica e de legitimidade institucional que viveu até agora a União Europeia. EFE

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