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Europeus desbloqueiam ferramenta contra terrorismo

O acordo concluído entre os ministros do Interior reunidos em Bruxelas deve suspender as últimas reservas do Parlamento Europeu


	Controle: "PNR" é um registro de dados que possibilita traçar com mais precisão os itinerários de supostos terroristas
 (REUTERS/Vasily Fedosenko)

Controle: "PNR" é um registro de dados que possibilita traçar com mais precisão os itinerários de supostos terroristas (REUTERS/Vasily Fedosenko)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2015 às 13h54.

Os 28 países da União Europeia chegaram a um acordo nesta sexta-feira para desbloquear o "PNR", uma ferramenta de contraterrorismo que deve permitir um maior controle dos passageiros de avião, antes de discutir o futuro ameaçado da livre circulação no Espaço Schengen.

O acordo concluído entre os ministros do Interior reunidos em Bruxelas deve suspender as últimas reservas do Parlamento Europeu, que considera muito longo o período durante o qual os Estados armazenariam os dados dos passageiros.

"Depois de tantos anos de discussão, finalmente chegamos a um acordo sobre o PNR europeu", comemorou o ministro do Luxemburgo do Interior, Etienne Schneider, cujo país preside o Conselho da UE.

O "PNR" (Passenger Name Record, em inglês) é um registro de dados que possibilita traçar com mais precisão os itinerários de supostos terroristas, a partir de informações que as companhias aéreas transmitem aos Estados Unidos.

Na mesa de negociações desde 2011, a decisão se arrastava por divergências entre os Estados membros e o Parlamento Europeu. Mas a pressão para uma rápida conclusão aumentou após os ataques em Paris.

"Em um espírito construtivo, os Estados membros declararam seu acordo sobre um período de retenção de seis meses", conforme solicitado pelos deputados do Parlamento Europeu, explicou Schneider, depois de uma reunião com os seus colegas da UE.

Nesta tarde, os ministros começaram a discutir um outro assunto, ainda mais complicado, ligado à crise migratória que tem minado a unidade da Europa.

A Grécia, principal porta de entrada de migrantes na UE, tem sido muito criticada por sua incapacidade de gerir a fronteira externa do espaço Schengen.

Vários líderes europeus expressaram publicamente seus temores de ver a livre circulação neste espaço ser questionada.

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