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Europa aprova imposto sobre transações financeiras

Segundo a Comissão Européia, taxa é a forma do setor financeiro retribuir à sociedade a ajuda que recebeu durante a crise

O presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso: medida pode gerar 55 bilhões de euros por ano (Attila Kisbenedek/AFP)
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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2011 às 14h18.

Estrasburgo, França - A Comissão Europeia aprovou nesta quarta-feira uma proposta de imposto para transações financeiras que deve gerar 55 bilhões de euros anuais, anunciou seu presidente José Manuel Barroso durante um discurso ante o Parlamento europeu em Estrasburgo.

Além do anúncio, Barroso se pronunciou a favor da emissão de bônus europeus, assegurou que a Grécia permanecerá na Eurozona e disse ainda que "a crise da dívida constitui o maior desafio da história da União Europeia (UE)".

"Durante os três últimos anos, os Estados membros ofereceram ajudas e garantias ao setor financeiro de 4,6 bilhões de euros. Agora é hora de o setor financeiro retribuir à sociedade", disse.

A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, propuseram durante uma reunião em agosto que a taxa fosse a mais baixa possível.

Segundo a UE, trata-se de uma pequena porcentagem imposta aos fluxos de capitais para dissuadir a especulação financeira.

A ideia, no entanto, divide os países europeus. A Grã-Bretanha, por exemplo, é contra, alegando uma possível fuga de serviços financeiros da City de Londres.

Para Barroso, no entanto, quando a Eurozona apresentar os instrumentos necessários para garantir a integração e a disciplina (econômica), o imposto será considerado um passo natural e vantajoso.

"Essa taxação deve ser uma maneira de a Eurozona garantir um mecanismo rígido para vigiar o equilíbrio orçamentário dos diferentes países membros da união monetária", disse.

Outra medida em cheque é a dos bônus europeus, que são um sistema através do qual os países da Eurozona compartilhariam os riscos de suas dívidas e são considerados por seus defensores como o único meio para que o bloco monetário solucione no longo prazo a crise da dívida e consiga acalmar os mercados financeiros.


Contudo, a emissão de bônus europeus é rejeitada pela maior economia da Europa, a Alemanha. Já a França a princípio não se opõe à medida, mas exclui sua aplicação imediata.

Ainda de acordo com Barroso, a "Grécia é e continuará sendo parte da Eurozona".

"A Grécia possui todas as condições para cumprir plenamente e a tempo seus compromissos em matéria de redução do déficit público", afirmou. "A UE, por sua vez, continuará apoiando aos países que possuem dificuldades até que estes normalizem suas economias", completou.

Para o presidente da Comissão Europeia, o caso da Grécia não é apenas uma "corrida", mas sim uma "maratona".

"Estamos enfrentando atualmente o maior desafio da história de nossa União", considerou.

A missão da Troika - composta por UE, Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu (BCE) - como provedora de fundos para Grécia retornará à Atenas na quinta-feira, anunciou na terça-feira o chefe do gabinete de ministros das Finanças da Eurozona, Jean-Claude Juncker, em uma audição ante o Parlamento europeu.

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Estrasburgo, França - A Comissão Europeia aprovou nesta quarta-feira uma proposta de imposto para transações financeiras que deve gerar 55 bilhões de euros anuais, anunciou seu presidente José Manuel Barroso durante um discurso ante o Parlamento europeu em Estrasburgo.

Além do anúncio, Barroso se pronunciou a favor da emissão de bônus europeus, assegurou que a Grécia permanecerá na Eurozona e disse ainda que "a crise da dívida constitui o maior desafio da história da União Europeia (UE)".

"Durante os três últimos anos, os Estados membros ofereceram ajudas e garantias ao setor financeiro de 4,6 bilhões de euros. Agora é hora de o setor financeiro retribuir à sociedade", disse.

A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, propuseram durante uma reunião em agosto que a taxa fosse a mais baixa possível.

Segundo a UE, trata-se de uma pequena porcentagem imposta aos fluxos de capitais para dissuadir a especulação financeira.

A ideia, no entanto, divide os países europeus. A Grã-Bretanha, por exemplo, é contra, alegando uma possível fuga de serviços financeiros da City de Londres.

Para Barroso, no entanto, quando a Eurozona apresentar os instrumentos necessários para garantir a integração e a disciplina (econômica), o imposto será considerado um passo natural e vantajoso.

"Essa taxação deve ser uma maneira de a Eurozona garantir um mecanismo rígido para vigiar o equilíbrio orçamentário dos diferentes países membros da união monetária", disse.

Outra medida em cheque é a dos bônus europeus, que são um sistema através do qual os países da Eurozona compartilhariam os riscos de suas dívidas e são considerados por seus defensores como o único meio para que o bloco monetário solucione no longo prazo a crise da dívida e consiga acalmar os mercados financeiros.


Contudo, a emissão de bônus europeus é rejeitada pela maior economia da Europa, a Alemanha. Já a França a princípio não se opõe à medida, mas exclui sua aplicação imediata.

Ainda de acordo com Barroso, a "Grécia é e continuará sendo parte da Eurozona".

"A Grécia possui todas as condições para cumprir plenamente e a tempo seus compromissos em matéria de redução do déficit público", afirmou. "A UE, por sua vez, continuará apoiando aos países que possuem dificuldades até que estes normalizem suas economias", completou.

Para o presidente da Comissão Europeia, o caso da Grécia não é apenas uma "corrida", mas sim uma "maratona".

"Estamos enfrentando atualmente o maior desafio da história de nossa União", considerou.

A missão da Troika - composta por UE, Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu (BCE) - como provedora de fundos para Grécia retornará à Atenas na quinta-feira, anunciou na terça-feira o chefe do gabinete de ministros das Finanças da Eurozona, Jean-Claude Juncker, em uma audição ante o Parlamento europeu.

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