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Euro emergirá mais forte da crise, diz BNP Paribas

Segundo banco, fortalecimento da moeda só ocorrerá se governos agirem rapidamente para pôr em prática seus planos

Banco elogiou acordo entre lideranças do bloco, mas disse que mudanças combinadas precisam ser colocadas em prática o quanto antes (Thomas Lohnes/AFP)

Banco elogiou acordo entre lideranças do bloco, mas disse que mudanças combinadas precisam ser colocadas em prática o quanto antes (Thomas Lohnes/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2011 às 14h08.

Roma - O euro emergirá mais forte da crise da dívida, mas os governos têm de agir rapidamente para colocar em prática os seus planos, disse o presidente do banco francês BNP Paribas SA, Baudouin Prot.

"Estamos convencidos de que o euro sairá mais forte da crise", disse Prot em entrevista ao jornal italiano Il Sole 24 Ore, publicada hoje. Prot também contemporizou a ameaça de rebaixamento da classificação de risco AAA da França, dizendo: "A vida seguirá em frente mesmo depois das decisões da agência de rating".

"A coisa importante é que a França faça o que se exige em termos de colocar suas contas em ordem e garantir o crescimento econômico", afirmou Prot.

Referindo-se à reunião de cúpula da União Europeia (UE) no início deste mês, na qual todos os membros da UE, com exceção do Reino Unido, concordaram em elaborar um pacto severo com penalidades para garantir reduções de déficits orçamentários e da dívida, Prot enfatizou a urgência do pacto.

"O acordo em Bruxelas é positivo e importante, mas é mais ainda importante que as decisões sejam implementadas rapidamente. O cenário permanece frágil e novas caídas são possíveis", disse ele.

Prot também condenou o acordo voluntário para que os bancos tenham um corte de 50% no valor da dívida pública grega em suas carteiras para reduzir a dívida daquele país.

"A redução no valor da dívida foi uma ideia terrível a qual terá um impacto forte em termos de falta de confiança dos investidores", afirmou. "É muito desagradável, essa parte (do acordo) ainda não foi concluída, e é inaceitável que algumas pessoas estejam tentando elevar o valor da redução da dívida grega para 80%", disse. O BNP Paribas é um dos maiores bancos na zona do euro. As informações são da Dow Jones.

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