EUA voltam a permitir entrada de refugiados de 11 países
Os EUA também ampliaram as medidas de segurança do programa que fiscaliza a entrada desses imigrantes no território americano
EFE
Publicado em 29 de janeiro de 2018 às 20h57.
Washington - Os Estados Unidos voltaram a autorizar nesta segunda-feira a entrada de refugiados de 11 países, 94 dias depois da suspensão, e ampliaram as medidas de segurança do programa que fiscaliza a entrada desses imigrantes no território americano.
O governo do presidente Donald Trump já tinha voltado a autorizar a entrada de refugiados no país em outubro, mas determinou um reforço na fiscalização dos pedidos e excluiu do processo os cidadãos de 11 países que não foram identificados.
A lista, que começou a ser elaborada depois dos atentados de 11 de setembro de 2011, foi atualizada pela última vez em 2015. A relação contém países que "apresentam potencialmente um risco maior para os EUA", segundo funcionários do governo.
A imprensa local afirma que a lista inclui dez países de maioria muçulmana e a Coreia do Norte. Segundo grupos de defesa dos direitos dos refugiados, são eles: Egito, Irã, Iraque, Líbia, Mali, Somália, Sudão do Sul, Sudão, Síria e Iêmen.
"A lista não têm nada a ver com a religião majoritária desses países, mas sim com o risco que eles representam para nossa nação", afirmaram as mesmas fontes do governo.
Os cidadãos desses países passarão a partir de agora por avaliações mais rígidas, baseadas no risco do local de origem.
"É importante que saibamos quem entra nos EUA", indicou em nota a secretária de Segurança Nacional,Kirstjen Nielsen.
Nielsen explicou que as medidas dificultarão a possibilidade de pessoas más intencionadas usarem o programa de refugiados e garantirão o risco seja o principal critério de avaliação.
A secretária ressaltou que a lista de países de risco e os critérios de seleção serão revisados a cada seis meses.
Durante o ano fiscal de 2018, os EUA pretendem receber um máximo de 45 mil refugiados, uma redução de 60% em relação a 2017.
Trump decidiu retirar o país do Pacto Mundial da ONU sobre Proteção de Migrantes e Refugiados em dezembro por considerar que a política migratória do país deve ser determinada apenas pelos americanos.