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EUA violaram direitos de 2 imigrantes brasileiras detidas, determina juiz

Detidas há mais de 90 dias, brasileiras não tiveram prazo para preparar documentos para um processo de revisão da custódia,. segundo magistrado

Estados Unidos: grupo alega na Justiça que governo de Trump está detendo indevidamente imigrantes ilegais que são casados ​​com cidadãos americanos e buscam viver legalmente no país (Chantal Valery/AFP)
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Reuters

Publicado em 8 de maio de 2018 às 22h45.

Autoridades de imigração dos Estados Unidos violaram os direitos de duas imigrantes ilegais brasileiras presas depois que foram a escritórios do governo para serem entrevistadas como parte de um processo para obter o status legal, determinou um juiz federal nesta terça-feira.

A Imigração e Alfândega dos EUA (ICE, na sigla em inglês) concordou em soltar uma das imigrantes, uma mãe que havia sido separada do filho de 11 anos desde sua prisão há quatro meses, seguindo a decisão do juiz distrital Mark Wolf, em Boston.

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A mulher, Lucimar de Souza, está entre um grupo de pessoas que está movendo um processo coletivo alegando que o governo do presidente Donald Trump está detendo indevidamente imigrantes ilegais que são casados ​​com cidadãos norte-americanos e buscam viver legalmente no país.

O presidente republicano assumiu uma posição linha dura sobre a imigração, legal e ilegal, desde que assumiu o cargo em janeiro de 2017.

O juiz disse que a ICE não cumpriu os prazos exigindo que fosse dado a Lucimar e a outra brasileira que, assim como ela, estava sob custódia por mais de 90 dias, aviso para poder preparar documentos para um processo de revisão da custódia.

"O aviso ilegalmente curto basicamente a impediu de apresentar provas em apoio ao seu pedido de soltura", disse Wolf no tribunal.

A ICE não respondeu a um pedido de comentário.

Citando outros casos, Wolf disse estar preocupado com o fato de outros direitos de imigrantes detidos também estarem sendo violados.

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