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EUA tentam resolver atrito entre Japão e Coreia do Sul

Problemas entre os países aliados de Washington ameaçam esforços para lidar com a Coreia do Norte e com a cada vez mais assertiva China

Homem segura bandeira da Coreia do Sul durante as comemorações de independência: países asiáticos mantêm atritos por questões históricas e territoriais (Chung Sung-Jun/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2013 às 09h25.

Washington - Os Estados Unidos enviaram autoridades de alto escalão ao Japão e à Coreia do Sul para tentar acalmar as tensões entre os dois países aliados de Washington, cujos problemas ameaçam os esforços para lidar com a Coreia do Norte e com a cada vez mais assertiva China.

A delegação norte-americana partiu na segunda-feira e irá visitar a região num momento em que um governo nacionalista acaba de ser empossado no Japão, e que uma presidente conservadora se prepara para tomar posse na Coreia do Sul.

Os dois países asiáticos mantêm atritos por causa de questões históricas e territoriais remanescentes da ocupação japonesa na Coreia (1910-45). As autoridades dos EUA também buscam tranquilizar Tóquio diante dos desafios quase diários por parte da China, por causa de uma disputa por ilhas desabitadas.

Após décadas fermentando, as disputas ganharam força no ano passado, colocando as relações de Tóquio com Seul e Pequim em seu pior momento das últimas décadas, e lançando uma sombra sobre os esforços da atual política externa dos EUA, que busca um re-equilíbrio de forças no Extremo Oriente, contrapondo-se ao crescente poderio chinês.

"Queremos ver o novo governo japonês, o novo governo sul-coreano, todos os países do Nordeste Asiático trabalhando juntos e resolvendo quaisquer questões pendentes, sejam elas territoriais, sejam elas históricas, por meio do diálogo", disse a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Victoria Nuland, na semana passada.

Em um dos últimos atos da atual equipe de segurança nacional antes de o presidente Barack Obama iniciar seu segundo mandato, a delegação composta pelo secretário-assistente de Estado Kurt Campbell, pelo secretário-assistente de Defesa Mark Lippert e por Daniel Russel, diretor-sênior do Conselho de Segurança Nacional para assuntos asiáticos, irá se reunir com autoridades em Seul e Tóquio.

Autoridades dos EUA regularmente se reúnem com colegas dos dois países, que são aliados dos EUA desde a década de 1950, e juntos hospedam a maior parte dos 80 mil soldados norte-americanos na Ásia. Mas os antagonismos de cunho nacionalista surgidos na região no ano passado fazem com que a atual viagem não tenha nada de rotineira.

A disputa entre Japão e Coreia do Sul se intensificou em agosto, quando o presidente Lee Myung-bak se tornou o primeiro líder sul-coreano a pisar em ilhas que são reivindicadas por ambos os países, mas controladas por Seul.

A visita de Lee e seu apelo para que o imperador Akihito vá além das manifestações anteriores de "profundo pesar" pelo passado colonial japonês se seguiram a um cancelamento de última hora, por parte de Seul, de um acordo bilateral que previa a partilha de informações de inteligência com o Japão.

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Washington - Os Estados Unidos enviaram autoridades de alto escalão ao Japão e à Coreia do Sul para tentar acalmar as tensões entre os dois países aliados de Washington, cujos problemas ameaçam os esforços para lidar com a Coreia do Norte e com a cada vez mais assertiva China.

A delegação norte-americana partiu na segunda-feira e irá visitar a região num momento em que um governo nacionalista acaba de ser empossado no Japão, e que uma presidente conservadora se prepara para tomar posse na Coreia do Sul.

Os dois países asiáticos mantêm atritos por causa de questões históricas e territoriais remanescentes da ocupação japonesa na Coreia (1910-45). As autoridades dos EUA também buscam tranquilizar Tóquio diante dos desafios quase diários por parte da China, por causa de uma disputa por ilhas desabitadas.

Após décadas fermentando, as disputas ganharam força no ano passado, colocando as relações de Tóquio com Seul e Pequim em seu pior momento das últimas décadas, e lançando uma sombra sobre os esforços da atual política externa dos EUA, que busca um re-equilíbrio de forças no Extremo Oriente, contrapondo-se ao crescente poderio chinês.

"Queremos ver o novo governo japonês, o novo governo sul-coreano, todos os países do Nordeste Asiático trabalhando juntos e resolvendo quaisquer questões pendentes, sejam elas territoriais, sejam elas históricas, por meio do diálogo", disse a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Victoria Nuland, na semana passada.

Em um dos últimos atos da atual equipe de segurança nacional antes de o presidente Barack Obama iniciar seu segundo mandato, a delegação composta pelo secretário-assistente de Estado Kurt Campbell, pelo secretário-assistente de Defesa Mark Lippert e por Daniel Russel, diretor-sênior do Conselho de Segurança Nacional para assuntos asiáticos, irá se reunir com autoridades em Seul e Tóquio.

Autoridades dos EUA regularmente se reúnem com colegas dos dois países, que são aliados dos EUA desde a década de 1950, e juntos hospedam a maior parte dos 80 mil soldados norte-americanos na Ásia. Mas os antagonismos de cunho nacionalista surgidos na região no ano passado fazem com que a atual viagem não tenha nada de rotineira.

A disputa entre Japão e Coreia do Sul se intensificou em agosto, quando o presidente Lee Myung-bak se tornou o primeiro líder sul-coreano a pisar em ilhas que são reivindicadas por ambos os países, mas controladas por Seul.

A visita de Lee e seu apelo para que o imperador Akihito vá além das manifestações anteriores de "profundo pesar" pelo passado colonial japonês se seguiram a um cancelamento de última hora, por parte de Seul, de um acordo bilateral que previa a partilha de informações de inteligência com o Japão.

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