Contêineres destinados à importação nos EUA
Da Redação
Publicado em 10 de novembro de 2010 às 11h37.
O déficit comercial dos Estados Unidos caiu 5,3% em setembro, para US$ 44 bilhões, em comparação com o déficit revisado de US$ 46,48 bilhões em agosto, informou hoje o Departamento de Comércio do país. O cálculo original para agosto apontava déficit de US$ 46,35 bilhões. O dado de setembro foi menor que a previsão dos economistas, que esperavam déficit de US$ 45 bilhões.
O déficit real (ajustado pela inflação), que os economistas usam para medir o impacto do comércio sobre o Produto Interno Bruto (PIB), diminuiu para US$ 49,93 bilhões em setembro, de US$ 51,54 bilhões em agosto. As exportações dos EUA atingiram o nível mais alto em pouco mais de dois anos, impulsionadas por um recorde na exportação de serviços. As exportações cresceram 0,3% em setembro, para US$ 154,10 bilhões, ante os US$ 153,60 bilhões de um mês antes. Este é o maior resultado desde agosto de 2008.
As importações diminuíram 10% em setembro, para US$ 198,10 bilhões, de US$ 200,07 bilhões em agosto. A queda nas importações de petróleo e automóveis foi o que mais contribuiu para a redução do déficit norte-americano, refletindo a demanda ainda fraca na economia. O valor das importações de petróleo bruto em setembro caiu para US$ 20,96 bilhões, de US$ 22,55 bilhões em agosto. O preço do petróleo diminuiu US$ 1,11 no mês, para US$ 72,36 por barril, enquanto o consumo nos EUA recuou para 289,69 milhões de barris, de 306,91 milhões de barris. Os EUA pagaram US$ 26,62 bilhões por todos os tipos de importações relacionadas a energia, menos que os US$ 29,18 bilhões pagos em agosto.
Bens de consumo
Entre outros tipos de importações, as compras de bens de consumo caíram US$ 1,86 bilhão, enquanto as de automóveis e autopeças recuaram US$ 1,38 bilhão. As importações de bens de capital, como computadores e aviões civis, cresceram US$ 1,29 bilhão. As de suprimentos industriais subiram US$ 64 bilhões, enquanto as importações de alimentos e bebidas aumentaram US$ 15 milhões.
De acordo com o Departamento de Comércio dos EUA, as exportações de alimentos e bebidas aumentaram US$ 443 milhões, as de bens de capital subiram US$ 277 milhões e as de bens de consumo cresceram US$ 149 milhões. Esses ganhos foram parcialmente contrabalançados pelo recuo de US$ 875 milhões nas exportações de suprimentos industriais. As informações são da Dow Jones.