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EUA suspendem deportação de 500 mil imigrantes ilegais

O governo recebeu um total de 573.404 solicitações para a "ação diferida" no mês de julho


	Barack Obama: o programa, conhecido pela sigla em inglês "DACA", suspende durante dois anos a deportação de jovens imigrantes ilegais que entraram nos EUA quando eram menores de idade
 (Jason Reed/Reuters)

Barack Obama: o programa, conhecido pela sigla em inglês "DACA", suspende durante dois anos a deportação de jovens imigrantes ilegais que entraram nos EUA quando eram menores de idade (Jason Reed/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2013 às 17h47.

Washington - O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira que suspendeu a deportação de 552.918 jovens imigrantes ilegais desde o início, há exatamente um ano, do programa de "ação diferida", à espera que o Congresso aprove uma reforma migratória integral.

Segundo o Escritório de Serviços de Imigração e Cidadania (USCIS, sigla em inglês), o governo recebeu um total de 573.404 solicitações para a "ação diferida" no mês de julho, um programa de alívio migratório inaugurado pela administração Obama em 15 de agosto de 2012.

O programa, conhecido pela sigla em inglês "DACA", suspende durante dois anos a deportação de jovens imigrantes ilegais que entraram nos EUA quando eram menores de idade e cumprem com uma série de requisitos.

Do total de solicitações recebidas entre agosto de 2012 e julho deste ano, foram aprovadas 552.918, enquanto 20.486 foram rejeitadas, divulgou o USCIS.

Os dados do USCIS não separam as solicitações para o "DACA" por país de origem, mas uma pesquisa do Instituto Brookings assinalou que 74,9% são de imigrantes do México, seguidos por 10% da América Central, 6,9% da América do Sul, 4,2% da Ásia, 1,7% do Caribe, 1% da África e 0,9% da Europa.

A lista dos 25 principais países de origem dos solicitantes é encabeçada por México, El Salvador, Honduras, Guatemala, Coreia do Sul, Peru, Brasil, Colômbia, Equador, Filipinas e Argentina, segundo a pesquisa da Brookings.

Nessa lista também figuram Índia, Jamaica, Venezuela, República Dominicana, Trinidad e Tobago, Bolívia, Costa Rica, Uruguai, Paquistão, Chile, Polônia, Nicarágua, Nigéria e Guiana.


Quando o programa de "ação diferida" foi anunciado pelo presidente Barack Obama, em plena campanha de reeleição, se calculava que cerca de 936 mil jovens imigrantes ilegais poderiam ser amparados pela medida.

Durante um evento no Centro para o Progresso Americano (CAP, sigla em inglês), Audrey Singer, pesquisadora da Brookings, afirmou que o USCIS aprovou 72% das solicitações e só negou a suspensão temporária de deportação para 1%.

Entre os solicitantes do programa migratório, 54% eram jovens menores de 21 anos, e a maioria dos beneficiados estão concentrados em estados como Califórnia, Texas, Nova York, Illinois e Flórida, que tradicionalmente têm um maior porcentual de estrangeiros.

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