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EUA suspende passagem de seus comboios pelo Paquistão

O motivo são as manifestações contra o uso de drones, que representam uma ameaça à segurança dos motoristas dos caminhões

Tanques do exército paquistanês durante exercício militar em Khairpure Tamay Wali, no distrito de Bahawalpur, em 4 de novembro (AAMIR QURESHI/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2013 às 06h57.

Washington - As Forças Armadas dos Estados Unidos suspenderam nesta terça-feira a passagem de seus comboios pelo território do Paquistão diante das manifestações contra o uso de drones, que representam uma ameaça à segurança dos motoristas dos caminhões, informou o porta-voz do Pentágono Mark Wright.

"Suspendemos voluntariamente a passagem de comboios pela rota paquistanesa de Torkham Gate", a principal utilizada pelas forças americanas para retirar material militar do Afeganistão, disse à AFP

"Antecipamos que seremos capazes de retomar nosso envio de material por esta rota em um futuro próximo", destacou Wright.

Um alto funcionário do departamento de Defesa afirmou que Washington acredita que o governo de Islamabad apoia plenamente o uso da rota e que em breve restaurará a segurança na região.

"As empresas que contratamos estão preocupadas e está ficando perigoso para os caminhoneiros", disse à AFP um funcionário, que pediu para não ser identificado.

Os Estados Unidos têm rotas alternativas para o norte através da Ásia Central, que são mais longas e custosas.

Aproximadamente a metade do material bélico dos Estados Unidos é transportada pela rota de Torkham. O restante utiliza aviões ou uma combinação de aviões e barcos.


Milhares de militantes de direita, liderados pela ex-estrela do críquete Imran Khan, protestaram no dia 23 de novembro, em Penshawar, contra os ataques de drones americanos, e ameaçaram cortar as rotas de abastecimento da Otan para pressionar Washington.

Khan acusa os Estados Unidos de matar com um drone o líder talibã Hakimullah Mehsud para sabotar as negociações de paz com o grupo radical islâmico.

A mesma rota de abastecimento foi fechada pelo Paquistão em 2012, após o bombardeio da Otan que matou 24 soldados paquistaneses na fronteira afegã.

A rota foi reaberta em julho de 2012, depois de a secretária americana de Estado, Hillary Clinton, expressar seu "mais profundo pesar pelo trágico incidente" e Washington desbloquear 1,1 bilhão de dólares para Islamabad.

Os EUA têm no momento cerca de 40 mil soldados americanos no Afeganistão, junto a 27 mil efetivos da Otan, cuja missão acaba no final de 2014.

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"Suspendemos voluntariamente a passagem de comboios pela rota paquistanesa de Torkham Gate", a principal utilizada pelas forças americanas para retirar material militar do Afeganistão, disse à AFP

"Antecipamos que seremos capazes de retomar nosso envio de material por esta rota em um futuro próximo", destacou Wright.

Um alto funcionário do departamento de Defesa afirmou que Washington acredita que o governo de Islamabad apoia plenamente o uso da rota e que em breve restaurará a segurança na região.

"As empresas que contratamos estão preocupadas e está ficando perigoso para os caminhoneiros", disse à AFP um funcionário, que pediu para não ser identificado.

Os Estados Unidos têm rotas alternativas para o norte através da Ásia Central, que são mais longas e custosas.

Aproximadamente a metade do material bélico dos Estados Unidos é transportada pela rota de Torkham. O restante utiliza aviões ou uma combinação de aviões e barcos.


Milhares de militantes de direita, liderados pela ex-estrela do críquete Imran Khan, protestaram no dia 23 de novembro, em Penshawar, contra os ataques de drones americanos, e ameaçaram cortar as rotas de abastecimento da Otan para pressionar Washington.

Khan acusa os Estados Unidos de matar com um drone o líder talibã Hakimullah Mehsud para sabotar as negociações de paz com o grupo radical islâmico.

A mesma rota de abastecimento foi fechada pelo Paquistão em 2012, após o bombardeio da Otan que matou 24 soldados paquistaneses na fronteira afegã.

A rota foi reaberta em julho de 2012, depois de a secretária americana de Estado, Hillary Clinton, expressar seu "mais profundo pesar pelo trágico incidente" e Washington desbloquear 1,1 bilhão de dólares para Islamabad.

Os EUA têm no momento cerca de 40 mil soldados americanos no Afeganistão, junto a 27 mil efetivos da Otan, cuja missão acaba no final de 2014.

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