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EUA substituirão veto migratório por maior triagem para refúgio

O mecanismo que substituirá o veto consistirá em uma revisão mais estrita do perfil do solicitante de refúgio, de seus antecedentes e de seus familiares

Refúgio: segundo jornal, a Casa Branca pretende anunciar uma série de restrições aos solicitantes (Rodi Said/Reuters)
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EFE

Publicado em 24 de outubro de 2017 às 16h10.

Última atualização em 24 de outubro de 2017 às 16h14.

Washington - O veto à entrada de refugiados de todo o mundo nos Estados Unidos decretado pelo presidente do país, Donald Trump, foi suspenso nesta terça-feira e será substituído por uma maior triagem nos pedidos de refúgio no país.

"A suspensão do processamento de refugiados acaba hoje, dia 24 de outubro", informou à Agência Efe uma funcionária do Departamento de Estado, que pediu anonimato.

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Segundo a imprensa americana, a Casa Branca deve anunciar hoje o mecanismo que substituirá o veto, que consistirá em uma revisão mais estrita do perfil do solicitante de refúgio, de seus antecedentes e de seus familiares.

A fonte do Departamento de Estado não chegou a confirmar se essa mudança ocorrerá hoje, mas indicou que várias agências do governo fizeram uma revisão que tem como objetivo "intensificar o processo de escrutínio a quem busca ser admitido como refugiado".

"Isso é para garantir a segurança dos americanos", disse.

O veto suspenso hoje foi decretado por Trump em março, mas só entrou em vigor em junho, quando os EUA proibiram por 120 dias a entrada no país de refugiados de todo o mundo.

A Casa Branca pretende anunciar, segundo o "The Wall Street Journal", é uma série de restrições que incluirão a obtenção de mais dados biográficos dos solicitantes de refúgio, como os nomes de seus familiares e informações sobre onde eles já trabalharam.

Os agentes também fiscalizarão as mensagens dos refugiados nas redes sociais e vão compará-las às histórias apresentadas nas solicitações, explicou o "Journal".

Os solicitantes de refúgio nos EUA já enfrentam um longo processo, que chega a durar anos, mas Trump defendeu durante a campanha eleitoral que terroristas podem se passar por refugiados.

No fim de setembro, o presidente americano rebaixou para 45 mil o limite máximo de refugiados que poderão entrar no país em 2018.

O mesmo decreto de Trump que entrou em vigor em junho também proibia, durante 90 dias, a entrada de cidadãos de seis países de maioria muçulmana - Irã, Somália, Sudão, Síria, Iêmen e Líbia - no território americano.

O prazo para esse veto acabou há um mês, mas Trump decidiu substituí-lo por um novo decreto que mantinha a proibição, incluindo também na lista os cidadãos da Coreia do Norte e alguns representantes do governo da Venezuela.

Esse novo veto entrou em vigor na semana passada, mas só vale para a Coreia do Norte e a Venezuela, por decisão da Justiça.

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