EUA: delegação americana está se reunindo com uma delegação norte-coreana na zona desmilitarizada entre as duas Coreias, segundo a Casa Branca (Jonathan Ferrey/Getty Images/Getty Images)
EFE
Publicado em 29 de maio de 2018 às 15h20.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, receberá o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, no dia 7 de junho na Casa Branca como parte da "ativa preparação" para o encontro com o líder norte-coreano Kim Jong-un em 12 de junho em Singapura, segundo informou nesta terça-feira a porta-voz presidencial, Sarah Sanders.
Sanders confirmou que o secretário de Estado, Mike Pompeo, se reunirá "mais adiante nesta semana em Nova York" com Kim Yong-chol, vice-presidente da Coreia do Norte.
A viagem do vice de Kim representa a visita de maior categoria de um político da Coreia do Norte aos Estados Unidos em quase duas décadas.
"Desde a carta do presidente Trump de 24 de maio ao líder norte-coreano Kim Jong-un, os norte-coreanos estiveram em contato. Os Estados Unidos continuam a ativa preparação da esperada cúpula do presidente Trump com o líder Kim em Singapura", afirmou a porta-voz da Casa Branca.
Como parte dessa preparação, Sanders afirmou que "uma delegação americana está se reunindo com uma delegação norte-coreana na zona desmilitarizada entre as duas Coreias (DMZ, em inglês), composta por Sung Kim, o embaixador americano na Filipinas; Allison Hooker, diretora do Conselho de Segurança Nacional para a Coreia; e Randy Schriver, secretário assistente de Defesa para a Ásia e o Pacífico".
Trump destacou hoje a "sólida resposta" à carta enviada a Kim na semana passada, na qual anunciava de maneira surpreendente a suspensão do histórico encontro de Singapura pela "hostilidade" de Pyongyang, mas deixava aberta a disposição para continuar conversando.
Posteriormente, no entanto, Trump afirmou que a cúpula ainda tinha chances de ser realizada na data divulgada inicialmente.
Caso realmente ocorra, a reunião será o primeiro encontro na história entre líderes de EUA e Coreia do Norte após quase 70 anos de um confronto iniciado com a Guerra da Coreia (1950-1953) e de 25 anos de negociações fracassadas por conta do programa atômico de Pyongyang.