EUA se preocupam com desenvolvimento de mísseis norte-coreanos
O país realizou neste ano vários testes com mísseis de médio alcance, mas os avanços obtidos poderiam ser aplicados em projéteis intercontinentais
EFE
Publicado em 7 de junho de 2017 às 19h53.
Washington - O diretor do programa de defesa de mísseis dos Estados Unidos , o vice-almirante James Syring, afirmou nesta quarta-feira que os progressos registrados pela Coreia do Norte geram "grande preocupação" e que o governo norte-americano está se preparado para o cenário de poder ver seu território atingido por um projétil lançado por Pyongyang.
Syring afirmou em uma audiência no Comitê de Forças Armadas da Câmara dos Representantes que os testes da Coreia do Norte dos últimos seis meses causaram preocupação a ele e outros representantes do programa norte-americano de mísseis devido aos avanços tecnológicos apresentados pelo regime de Kim Jong-un.
O vice-almirante afirmou que é responsabilidade dos EUA e do órgão que ele comanda assumirem que a Coreia do Norte pode atingir o país com um míssil continental armado com uma ogiva nuclear.
No entanto, Syring não considera que a Coreia do Norte tenha conseguido produzir uma ogiva nuclear suficientemente compacta para ser lançada a partir de um míssil intercontinental. Os próprios mísseis também carecem de maior precisão, segundo o vice-almirante.
A Coreia do Norte realizou neste ano vários testes com mísseis de médio alcance, mas os avanços obtidos poderiam ser aplicados em projéteis intercontinentais, o que colocaria o governo de Trump diante de uma situação bastante complicada.
Syring afirmou que o regime de Kim fez testes em um "ritmo alarmante" e que servem para "mostrar tecnologias de longo alcance".
No ano passado, os norte-coreanos ainda realizaram seu quarto e quinto testes nucleares. Trump disse que uma nova ação desse tipo pode desencadear uma resposta militar norte-americana no futuro.
Na audiência, Syring afirmou que o Pentágono se prepara para contingências relativas ao desenvolvimento norte-coreano de mísseis, bem como para possíveis cenários que possam ocorrer em um horizonte de cinco a dez anos.