Mundo

EUA se oferecem para mediar cessar-fogo em Gaza

Em 2012, o governo americano já havia trabalhado com o Egito para negociar o fim de oito dias de ataques entre forças de Israel e o Hamas


	Gaza: pelo menos 100 palestinos já morreram em Gaza desde o início dos confrontos
 (Jack Guez/AFP)

Gaza: pelo menos 100 palestinos já morreram em Gaza desde o início dos confrontos (Jack Guez/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2014 às 16h31.

Washington - O governo americano indicou nesta sexta-feira estar disposto a usar sua "influência" no Oriente Médio para buscar um cessar-fogo entre Israel e o Hamas.

A oferta de Washington foi feita um dia depois de o presidente americano, Barack Obama, ter telefonado para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e ter oferecido a mediação dos Estados Unidos para solucionar a mais recente crise entre Israel e o movimento palestino. Pelo menos 100 palestinos já morreram em Gaza desde o início dos confrontos.

Os Estados Unidos têm "uma série de contatos", que poderão ser usados para "tentar dar um fim aos ataques com foguetes que estão ocorrendo em Gaza e, como vimos esta manhã (sexta), no Líbano", disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

"Estamos interessados em levar adiante os passos que demos há um ano e meio, em novembro de 2012, para proporcionar um cessar-fogo e tentar voltar para a situação anterior", acrescentou.

Na ocasião, o governo americano já havia trabalhado com o Egito para negociar o fim de oito dias de ataques entre forças de Israel e o Hamas.

Não está claro, porém, se essa aproximação pode funcionar novamente. O então presidente egípcio, Mohamed Mursi, que tinha contatos com o Hamas, foi derrubado por um golpe, e o novo governo mantém uma postura mais rígida em relação ao grupo radical palestino.

Também não se pode minimizar o desgaste da influência de Washington, diante do fracasso de uma tentativa de paz mediada pelos Estados Unidos entre israelenses e palestinos.

Earnest reiterou que Israel tem o direito de se defender dos ataques com foguetes disparados pelo Hamas e afirmou que todas as partes devem tentar proteger os civis.

"É evidente que assassinaram civis, incluindo crianças. É trágico, e oferecemos nossas condolências às famílias", completou o porta-voz.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaConflito árabe-israelenseEgitoEstados Unidos (EUA)Faixa de GazaHamasIsraelOriente MédioPaíses ricosPalestina

Mais de Mundo

Proposta do governo Milei pede redução da maioridade penal para 13 anos na Argentina

Putin diz que Rússia deveria produzir mísseis de médio alcance, proibidos por tratado da Guerra Fria

ONG denuncia 46 prisões políticas durante campanha eleitoral na Venezuela

Governadora Gretchen: quem é a democrata cotada para substituir Biden contra Trump

Mais na Exame