Mundo

EUA sancionam ex-presidente do Iêmen por ameaça contra a paz

Além de Ali Abdullah Saleh, os EUA também incluíram em suas sanções dois líderes rebeldes houthis, Abd al Khalid al Huti e Abdullah Yahya al Haqim


	O ex-presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh: ele recebeu sanções por sua participação em atividades que "ameaçam a paz, a segurança e estabilidade do país"
 (Getty Images)

O ex-presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh: ele recebeu sanções por sua participação em atividades que "ameaçam a paz, a segurança e estabilidade do país" (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2014 às 15h31.

Washington - O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira a imposição de sanções econômicas ao ex-presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, por sua participação em atividades que "ameaçam a paz, a segurança e estabilidade do país".

Além de Saleh, os EUA também incluíram em suas sanções dois líderes rebeldes houthis, Abd al Khalid al Huti e Abdullah Yahya al Haqim.

"O governo americano e a comunidade internacional respaldam plenamente o Iêmen na medida em que trabalha para implementar sua agenda de reforma econômica, assegurar uma governabilidade efetiva e garantir um futuro mais representativo", declarou David S. Cohen, subsecretário de Terrorismo e Inteligência Financeira do Tesouro em uma nota de imprensa.

Por isso, acrescentou Cohen, "responsabilizaremos todo aquele que ameace a estabilidade do Iêmen e seus esforços para conseguir uma transição política pacífica".

A decisão dos EUA é anunciada poucos dias depois de o Conselho de Segurança da ONU anunciar ações similares contra Saleh.

Com esta medida ficam congelados todos os bens que possam ter sob jurisdição americana e se proíbe cidadãos e entidades americanas de realizar transações financeiras com os sancionados.

Saleh, que deixou o poder em 2011 depois de mais de 30 anos, foi desde 2012 um dos "principais apoios" da violência perpetrada no Iêmen por indivíduos filiados ao grupo xiita dos houthis com o objetivo de derrubar o atual presidente, Abdo Rabbo Mansour Hadi, afirmou o Tesouro.

Apesar dos houthis terem assinado recentemente um acordo de paz que estipulava a retirada de seus milicianos da capital e outras cidades para a formação deste governo de consenso, o movimento xiita continuou se expandindo pelo país e pôs as autoridades em xeque.

Por outro lado, o país também foi cenário em várias ocasiões de atentados da rede terrorista Al Qaeda, que reivindicou entre outros o ataque do último mês de outubro contra simpatizantes dos houthis, que causou 47 mortes na capital.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)IêmenPaíses ricos

Mais de Mundo

Trump considera declarar emergência econômica nacional para impor programa de tarifas, diz CNN

Advogados negam fuga do presidente destituído da Coreia do Sul

Soberania do canal 'não é negociável', responde Panamá a Trump

Corpo do ex-presidente americano Jimmy Carter chega a Washington