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Romney e Santorum trocam acusações em novo debate nos EUA

Rick Santorum aproveitou o debate para reiterar sua defesa aos valores conservadores. Mitt Romney é apontado como um pré-candidato mais moderado

Romney pintava como favorito para ganhar no Arizona e em Michigan, seu estado natal, mas Santorum foi crescendo nas pesquisas (Justin Sullivan/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2012 às 05h42.

Washington - Mitt Romney, que se mostrou muito ativo, e Rick Santorum, obrigado a ficar na defensiva, trocaram duras acusações nesta quarta-feira, durante o último debate televisivo antes de uma série de primárias que serão primordiais na corrida pela candidatura do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos .

As políticas para reduzir as despesas federais e as posturas dos quatro candidatos sobre imigração e o uso de anticoncepcionais dominaram o debate, organizado pela rede 'CNN' e realizado em Mesa, no Arizona, estado que realizará primárias na próxima terça-feira, assim como Michigan.

Também foi abordada extensamente a preocupação com o programa nuclear do Irã, com Romney e Santorum muito ativos ao longo de todo o debate, algumas combativas intervenções de Ron Paul e a apática figura de Newt Gingrich.

Romney pintava como favorito para ganhar no Arizona e em Michigan, seu estado natal, mas Santorum foi crescendo nas pesquisas e pode complicar a vida do ex-governador de Massachusetts.

Por isso, Romney se centrou nesta quarta-feira em atacar Santorum constantemente e em defender seu legado 'conservador' como governador, em uma nova tentativa de aplacar as dúvidas dos republicanos que o consideram moderado demais.

O ex-governador contestou vários dos projetos apoiados por Santorum quando este era senador pela Pensilvânia.

Paul, legislador texano de ideias libertárias, uniu-se aos ataques e disse que Santorum é 'um engano'.

Santorum, um devoto católico e pai de sete filhos, aproveitou o debate para reiterar sua defesa aos valores conservadores, criticando o uso de anticoncepcionais e rejeitando o aborto e o casamento homossexual.

São precisamente esses valores ultraconservadores de Santorum os que encontraram eco nas bases republicanas e, em particular, no movimento direitista Tea Party, impulsionando a popularidade do Santorum.

Os quatro candidatos se mostraram unidos em sua rejeição a uma norma impulsionada pelo presidente Barack Obama para que as instituições católicas ofereçam métodos anticoncepcionais a suas funcionárias.


'Nunca vimos um ataque à liberdade religiosa como na Administração de Obama', denunciou Romney, enquanto Gingrich, ex-presidente da Câmara de Representantes, comentou que, quando o Governo 'é um fornecedor de serviços, inevitavelmente se movimenta rumo à tirania'.

Santorum, por sua vez, lembrou que Romney, quando este ainda era governador de Massachusetts, aprovou uma reforma sanitária muito similar à promovida por Obama e que agora promete revogar se chegar à Casa Branca.

Em matéria migratória, os quatro candidatos repetiram as propostas que vêm defendendo durante toda a campanha: reforçar o controle na fronteira e punir com maior severidade a imigração ilegal.

Quanto ao Irã, que junto à Síria está monopolizando a política externa de Obama nos meses prévios às eleições de 6 de novembro, os candidatos concordaram que o presidente não está sendo capaz de frear o programa nuclear de Teerã.

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Washington - Mitt Romney, que se mostrou muito ativo, e Rick Santorum, obrigado a ficar na defensiva, trocaram duras acusações nesta quarta-feira, durante o último debate televisivo antes de uma série de primárias que serão primordiais na corrida pela candidatura do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos .

As políticas para reduzir as despesas federais e as posturas dos quatro candidatos sobre imigração e o uso de anticoncepcionais dominaram o debate, organizado pela rede 'CNN' e realizado em Mesa, no Arizona, estado que realizará primárias na próxima terça-feira, assim como Michigan.

Também foi abordada extensamente a preocupação com o programa nuclear do Irã, com Romney e Santorum muito ativos ao longo de todo o debate, algumas combativas intervenções de Ron Paul e a apática figura de Newt Gingrich.

Romney pintava como favorito para ganhar no Arizona e em Michigan, seu estado natal, mas Santorum foi crescendo nas pesquisas e pode complicar a vida do ex-governador de Massachusetts.

Por isso, Romney se centrou nesta quarta-feira em atacar Santorum constantemente e em defender seu legado 'conservador' como governador, em uma nova tentativa de aplacar as dúvidas dos republicanos que o consideram moderado demais.

O ex-governador contestou vários dos projetos apoiados por Santorum quando este era senador pela Pensilvânia.

Paul, legislador texano de ideias libertárias, uniu-se aos ataques e disse que Santorum é 'um engano'.

Santorum, um devoto católico e pai de sete filhos, aproveitou o debate para reiterar sua defesa aos valores conservadores, criticando o uso de anticoncepcionais e rejeitando o aborto e o casamento homossexual.

São precisamente esses valores ultraconservadores de Santorum os que encontraram eco nas bases republicanas e, em particular, no movimento direitista Tea Party, impulsionando a popularidade do Santorum.

Os quatro candidatos se mostraram unidos em sua rejeição a uma norma impulsionada pelo presidente Barack Obama para que as instituições católicas ofereçam métodos anticoncepcionais a suas funcionárias.


'Nunca vimos um ataque à liberdade religiosa como na Administração de Obama', denunciou Romney, enquanto Gingrich, ex-presidente da Câmara de Representantes, comentou que, quando o Governo 'é um fornecedor de serviços, inevitavelmente se movimenta rumo à tirania'.

Santorum, por sua vez, lembrou que Romney, quando este ainda era governador de Massachusetts, aprovou uma reforma sanitária muito similar à promovida por Obama e que agora promete revogar se chegar à Casa Branca.

Em matéria migratória, os quatro candidatos repetiram as propostas que vêm defendendo durante toda a campanha: reforçar o controle na fronteira e punir com maior severidade a imigração ilegal.

Quanto ao Irã, que junto à Síria está monopolizando a política externa de Obama nos meses prévios às eleições de 6 de novembro, os candidatos concordaram que o presidente não está sendo capaz de frear o programa nuclear de Teerã.

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