Fumaça sobe após bombardeio na Líbia, dia 16/10/2016 (Ismail Zitouny/Reuters)
EFE
Publicado em 7 de abril de 2019 às 16h06.
Washington - Os Estados Unidos decidiram retirar "temporariamente" parte das suas tropas presentes na Líbia devido ao aumento de "distúrbios" no país do norte da África, informou neste domingo o comando das Forças Armadas na África (AfriCom).
"Devido ao aumento de distúrbios na Líbia, um contingente de tropas que participam da missão do Africom foi retirado temporariamente do país em resposta às condições de segurança no terreno", anunciou o comando responsável pelas Forças Armadas dos EUA na África em comunicado.
A nota não esclarece nem o número de soldados retirados nem o seu destino.
O Africom assegurou que "mantém seu compromisso" de conseguir uma Líbia "segura e estável" e destacou que seguirá "realizando um planejamento militar prudente" enquanto avalia a situação.
"A realidade quanto à segurança no terreno na Líbia é cada vez mais complexa e imprevisível. Apesar deste reajuste das nossas tropas, permaneceremos atentos para apoiar a atual estratégia dos EUA", garantiu o general do Corpo de Infantaria da Marinha, Thomas Waldhauser, comandante do Africom, citado na nota.
Desde que em 2011 a comunidade internacional contribuiu para a vitória dos rebeldes sobre o regime de Muammar Khadafi, a Líbia é vítima do caos e da guerra civil.
Atualmente há dois governos no país, um apoiado pela ONU no oeste e outro tutelado pelo marechal Khalifa Hafter, antigo líder da oposição a Khadafi recrutado pela CIA e que controla o leste do território.
Na quinta-feira passada, Hafter lançou uma ofensiva militar para tomar Trípoli, atualmente sob controle do governo sustentado pelas Nações Unidas.
Tal ação levou os ministros de Relações Exteriores do G7 a defender neste sábado o apoio aos esforços da ONU a favor de uma Líbia "estável, pacífica, segura, democrática e unida, dotada de instituições estatais nacionais fortes e capazes de garantir segurança aos líbios".
Neste sentido, o Africom expressou hoje seu apoio à ONU e se comprometeu a "continuar fazendo sua parte" para apoiar o governo e o povo líbio.