EUA responsabilizam Rússia por ataque químico do regime sírio
Em um comunicado, a embaixadora americana na ONU repercutiu informações que falam de um ataque com cloro contra civis em Ghouta Oriental
EFE
Publicado em 23 de janeiro de 2018 às 15h57.
Nações Unidas - Os Estados Unidos denunciaram nesta terça-feira na ONU um novo suposto ataque químico do regime sírio e acusou a Rússia de ser responsável indireta por ter posto fim à investigação internacional sobre o uso destas no país árabe.
Em um comunicado, a embaixadora americana nas Nações Unidas, Nikki Haley, repercutiu informações que falam de um ataque com cloro contra civis em Ghouta Oriental, um enclave opositor cercado pelas forças de Bashar al Assad.
"Se estas informações forem corretas, este ataque na Síria deve pesar seriamente sobre sua consciência", disse Haley em referência à Rússia.
Segundo destacou, ao vetar a continuidade do mecanismo de investigação sobre os ataques químicos na Síria, Moscou "enviou uma perigosa mensagem ao mundo".
"Uma que não só dizia que o uso de armas químicas é aceitável, mas também que aqueles que usam armas químicas não têm que ser identificados ou prestar contas", acrescentou.
Haley assegurou que seu país vai continuar trabalhando para proteger as vítimas e para que não haja impunidade para os responsáveis.
No ano passado, a Rússia vetou no Conselho de Segurança da ONU várias tentativas de dar continuidade ao mecanismo internacional que desde 2015 investigava a responsabilidade dos ataques com armas químicas na Síria.
Moscou acusava os especialistas de parcialidade e falta de profissionalismo, enquanto que para as potências ocidentais tudo se devia a uma tentativa russa de proteger seus aliados de Damasco.
Desde sua criação em 2015, o mecanismo, conhecido pelas siglas inglesas de JIM, tinha examinado vários ataques e responsabilizado pelo uso de armas químicas tanto o regime sírio como o Estado Islâmico (EI).
O Conselho de Segurança abordará hoje a questão síria, após acrescentar de última hora um ponto na sua ordem do dia. O tema será tratado a portas fechadas pelos embaixadores dos 15 Estados-membros.