Obama: presidente disse que, para ele, a Sony cometeu um "erro" ao cancelar a estreia do filme (Larry Downing/Reuters)
Da Redação
Publicado em 19 de dezembro de 2014 às 17h25.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta sexta-feira que seu país "responderá de forma proporcional" a Coreia do Norte, depois de o FBI acusar o país do recente ataque hacker à Sony Pictures Entertainment (SPE).
"Responderemos de forma proporcional no lugar, no momento e da maneira que os Estados Unidos decidirem", afirmou Obama em sua última entrevista coletiva do ano na Casa Branca, antes de viajar para o Havaí para passar as férias natalinas com sua família.
Obama ainda disse hoje que, para ele, a Sony cometeu um "erro" ao cancelar a estreia do filme.
"Se os EUA não responderem ao ataque hacker contra a Sony, isso não afetará só os filmes, mas toda a economia", advertiu o presidente.
O presidente fez essas declarações pouco depois de o FBI afirmar que tem "informação suficiente para concluir que o governo da Coreia do Norte é responsável pelo ataque cibernético contra a Sony".
No ataque, cometido em 24 de novembro, os "hackers" roubaram dados pessoais de todos os funcionários do estúdio Sony, conteúdos de e-mails e até cinco filmes.
Com a confirmação da autoria da Coreia do Norte, ficou ratificado que o ataque aconteceu em resposta ao filme "A Entrevista", que foi qualificado pelo governo de Pyongyang como um "ato de guerra".
A comédia de Seth Rogen e James Franco narra um complô americano para acabar com a vida do ditador norte-coreano, Kim Jong-un.
Na terça-feira um grupo denominado "Guardiães da Paz", que assumiu a autoria do ciberataque, emitiu um comunicado em que advertiu que semeará o terror nos cinemas que exibirem o filme e comparou seu plano com os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.
Essa ameaça alcançou seu objetivo. A Sony anunciou nesta quarta-feira o cancelamento da estreia de "A Entrevista", prevista para 25 de dezembro em EUA, logo depois de as principais salas de cinema do país tirarem o longa de sua programação natalina.