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EUA rejeita proposta da Rússia para prorrogar pacto sobre armas nucleares

O tratado, assinado em 2010 e que expira em fevereiro, restringe número de ogivas nucleares estratégicas que os dois países podem mobilizar

Putin e Trump: tratado vence em fevereiro de 2021 (Carlos Barria/Reuters)
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Reuters

Publicado em 16 de outubro de 2020 às 18h10.

Última atualização em 16 de outubro de 2020 às 18h14.

As perspectivas de prorrogação do mais recente tratado que limita a mobilização de armas nucleares estratégicas de Estados Unidos e Rússia pareciam desanimadoras nesta sexta-feira, 16, depois que o governo americano rejeitou uma proposta russa de renovação incondicional de um ano por considerá-la "inviável".

O novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Start, na sigla em inglês), que foi assinado em 2010 e expira em fevereiro, restringe o número de ogivas nucleares estratégicas que os dois países podem mobilizar, além de mísseis e dos bombardeiros que os transportam.

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Não renovar o pacto anularia todas as restrições, o que poderia dar ensejo a uma corrida armamentista pós- Guerra Fria e ampliar as tensões entre as duas maiores potências nucleares do mundo.

Falando por videoconferência em uma reunião do Conselho de Segurança russo que foi transmitida pela televisão estatal, o presidente Vladimir Putin disse que o tratado funcionou com eficiência até agora e que seria "extremamente triste" se deixasse de funcionar.

"No tocante a isso, proponho... prorrogar o tratado atual sem quaisquer condições por pelo menos um ano para que negociações significativas sobre todos os parâmetros dos problemas possam ser conduzidas", disse.

Horas depois, no entanto, o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos Robert O'Brien rejeitou a oferta de Putin.

Ele reiterou que os Estados Unidos propuseram estender o acordo por um ano, durante o qual as mobilizações de todas as armas nucleares — estratégicas e táticas — seriam suspensas.

"A resposta do presidente Putin hoje para estender o novo Start sem congelar todas as ogivas nucleares é inútil", disse O'Brien em comunicado. "Esperamos que a Rússia reavalie sua posição antes que ocorra uma custosa corrida armamentista."

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