O déficit americano deve atingir US$ 1,48 trilhão em 2011 segundo estimativas (Alex Wong/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 26 de janeiro de 2011 às 14h00.
O déficit orçamentário do governo dos Estados Unidos deverá aumentar 13,8% no final do atual ano fiscal, para US$ 1,48 trilhão, ante o déficit de US$ 1,3 trilhão no ano fiscal anterior, encerrado em 30 de setembro, informou hoje o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, na sigla em inglês). Segundo o órgão, a alta do déficit será puxada principalmente pelo impacto da extensão do corte de impostos aprovado no fim do ano passado.
O CBO havia informado, há duas semanas, que no primeiro trimestre fiscal de 2011 o déficit orçamentário do governo dos EUA alcançou US$ 371 bilhões. No ano fiscal 2012, que será iniciado em 1º de outubro deste ano, o escritório prevê que o déficit orçamentário recuará para US$ 1,1 trilhão, um valor ainda superior aos padrões históricos.
Como porcentual do Produto Interno Bruto (PIB), o déficit aumentará para 9,8% no ano fiscal 2011, em comparação com 8,9% no ano fiscal 2010, antes de recuar para 7% no ano fiscal 2012, segundo o CBO. O acordo sobre os impostos alcançado entre democratas e republicanos em dezembro adicionou US$ 858 bilhões ao déficit orçamentário do governo federal norte-americano durante os próximos dez anos. O acordo renovou por dois anos os cortes de impostos definidos no governo do ex-presidente George W. Bush para todos os norte-americanos, apesar dos temores de muitos democratas, que queriam ver um aumento das taxas de imposto de renda de cidadãos mais ricos.
O acordo restabeleceu também um imposto sobre o patrimônio com taxa de 35% para os indivíduos que ganham mais de US$ 5 milhões e os casais com renda acima de US$ 10 milhões. O imposto havia expirado no fim de 2009 e foi criado para ser renovado a partir de 2011 a taxas maiores.
Embora ambos os lados tenham reconhecido que as vertentes do acordo sobre os impostos iriam aumentar o déficit orçamentário no curto prazo, os congressistas concordaram que permitir uma elevação das taxas impediria a recuperação econômica do país. As informações são da Dow Jones.