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EUA podem impor sanções ao governo da Ucrânia

Casa Branca criticou repressão violenta aos protestos em Kiev

Manifestantes favoráveis à integração da Ucrânia com a União Europeia comemoram o recuo da polícia, na Praça Independência, em Kiev, na Ucrânia (Konstantin Chernichkin/Reuters)

Manifestantes favoráveis à integração da Ucrânia com a União Europeia comemoram o recuo da polícia, na Praça Independência, em Kiev, na Ucrânia (Konstantin Chernichkin/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 18h13.

Nova York - Após os confrontos entre polícia e manifestantes na noite de ontem (10) e na manhã desta quarta-feira (11) em Kiev, o governo dos Estados Unidos anunciou que está avaliando a possibilidade de impor sanções à Ucrânia devido à violenta repressão exercida pelas forças de ordem contra os protestos. A informação foi dada por um representante do departamento de Estado norte-americano.

Além disso, a Casa Branca criticou o presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, e pediu para ele "escutar a voz do povo". "A resposta aos protestos pacíficos é inaceitável em um Estado democrático", afirmou o porta-voz da presidência dos EUA, John Earnst.

Na noite de ontem, cerca de 10 mil manifestantes ocupavam a Praça da Independência, no centro de Kiev, quando a tropa de choque derrubou as barricadas que cercavam o local e avançou sobre eles. O confronto deixou pelo menos 30 feridos, mas o lugar permaneceu sob controle dos europeístas.

Os protestos no país se intensificaram após Yanukovich engavetar um acordo de associação e livre comércio com a União Europeia para não prejudicar as relações com a Rússia. Nesta quarta, o premier Mykola Azarov declarou que o país poderia assinar o tratado caso recebesse um pacote de ajuda de 20 bilhões de euros (R$ 64,6 bilhões).

A líder de oposição e ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko, presa desde agosto de 2011 por abuso de poder, voltou a cobrar a demissão imediata do presidente e do seu gabinete, e ainda pediu para os "líderes do mundo democrático" imporem sanções econômicas ao governo da Ucrânia. "Não devemos negociar com bandidos", acrescentou.

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