Mundo

EUA planeja doses de reforço das vacinas contra covid a partir de outubro

Embora especialistas argumentem que ainda não há provas da necessidade, governo teme que fique tarde demais caso a situação se agrave; país tem 100 milhões de doses em estoque

EUA: os primeiros reforços provavelmente irão para residentes de asilos e profissionais de saúde (USA TODAY NETWORK/Reuters)

EUA: os primeiros reforços provavelmente irão para residentes de asilos e profissionais de saúde (USA TODAY NETWORK/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 14 de agosto de 2021 às 17h53.

Última atualização em 14 de agosto de 2021 às 17h54.

O governo americano planeja oferecer doses de reforço de vacinas contra a covid-19 para parte da população do país já a partir do final de setembro ou começo de outubro, embora os pesquisadores continuem a debater acaloradamente se as doses extras são necessárias, de acordo com autoridades ouvidas pelo jornal New York Times. Os EUA contam com um estoque de pelo menos 100 milhões de doses.

Os primeiros reforços provavelmente irão para residentes de asilos e profissionais de saúde, seguidos por idosos que tenham sido os primeiros na campanha de vacinação local, no final do ano passado. As autoridades imaginam dar às pessoas a mesma vacina que receberam originalmente. Ainda não foi estabelecido um cronograma definitivo.

Embora muitos especialistas argumentem que ainda não há provas de que a proteção das vacinas contra formas graves da doença e internações esteja diminuindo nos Estados Unidos, as autoridades consideram que não é possível adiar a logística de fornecer reforços a milhões de pessoas até o momento em que essa curva aconteça. Como os sistemas de notificação dos casos e mortes é irregular, fica ainda mais difícil prever o momento certo.

O esforço acontece enquanto uma nova onda da Covid-19 atinge a nação. Hospitais em estados como Texas, Louisiana e Mississippi estão novamente lotados de pacientes, a grande maioria deles não vacinados.

Entre outros indicadores, dizem as autoridades, o governo americano observa cuidadosamente Israel, onde dados sugerem um aumento de casos graves entre idosos que receberam a vacina Pfizer-BioNTech no início da campanha daquele país. O medo é que, mesmo que uma redução na proteção resulte apenas em infecções leves ou assintomáticas, as pessoas infectadas ainda possam espalhar o vírus, prolongando a pandemia.

Politicamente, qualquer decisão de reforço é preocupante porque o governo não quer minar a confiança do público de que as vacinas são poderosamente eficazes. Tampouco deseja vacinar em excesso os americanos, enquanto muitos outros países ainda não começaram as campanhas de vacinação para valer, aumentando a ameaça de novas variantes perigosas que poderiam se espalhar pelo mundo.

  • Quer saber tudo sobre o ritmo da vacinação contra a covid-19 no Brasil e no Mundo? Assine a EXAME e fique por dentro.
Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Governo BidenPandemiavacina contra coronavírus

Mais de Mundo

Biden assina projeto de extensão orçamentária para evitar paralisação do governo

Com queda de Assad na Síria, Turquia e Israel redefinem jogo de poder no Oriente Médio

MH370: o que se sabe sobre avião desaparecido há 10 anos; Malásia decidiu retomar buscas

Papa celebrará Angelus online e não da janela do Palácio Apostólico por resfriado