EUA: Petraeus está "devastado", diz colega do militar
A renúncia inesperada de Petraeus por causa de um caso extra-conjugal, na sexta-feira, deixou o mundo político em Washington "perplexo"
Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2012 às 19h01.
Washington - Um antigo porta-voz e colega de David Petraeus, que renunciou ao cargo de diretor da Agência Central de Inteligência ( CIA , pela inicial em inglês) dos Estados Unidos na última sexta-feira, afirmou que o caso extraconjugal do ex-militar com a biógrafa Paula Broadwell começou depois que ele deixou o Exército. A renúncia inesperada de Petraeus, na sexta-feira, deixou o mundo político em Washington "perplexo", disse nesta segunda-feira a senadora democrata Dianne Feinstein, diretora do Comitê de política externa do Senado dos Estados Unidos. Petraeus deveria dar depoimento no Comitê na quinta-feira, a respeito do ataque de 11 de setembro contra o Consulado dos EUA em Benghazi, no Leste da Líbia. Ele não deverá depor na quinta-feira, mas Feinstein disse que poderá ser convocado ao Congresso em uma data posterior.
"Foi como um relâmpago", disse a senadora Feinstein sobre a demissão de Petraeus do comando da CIA e da surpreendente confissão do ex-militar na sexta-feira. O coronel aposentado do Exército Steve Boylan, ex-porta-voz e colega de Petraeus, disse à emissora ABC nesta segunda-feira que Holly, esposa de Petraeus há mais de 37 anos, está "furiosa" com o ocorrido. Ele afirmou também que o caso extraconjugal de Petraeus com Paula Broadwell, de 40 anos, terminou há quatro meses. David e Holly Petraeus têm dois filhos adultos, um dos quais é militar e serve no momento no Afeganistão.
Segundo Boylan, que conversou com Petraeus no final de semana, o ex-diretor da CIA está "devastado" e "vai levar muito tempo" para que ele resolva seus problemas dentro de casa. Em sua renúncia, Petraeus reconheceu o caso em um comunicado interno aos funcionários da CIA. Procurada pela Associated Press, Paula Broadwell não quis dar entrevista.
O depoimento de Petraeus ao Comitê sobre a violência na Líbia estava marcado para a quinta-feira, mas como ele pediu demissão, deverá depor o diretor interino da CIA, Michael Morell, nomeado para o cargo na sexta-feira pelo presidente Barack Obama. Na noite de 11 de setembro deste ano, uma multidão enfurecida invadiu e saqueou o Consulado dos EUA em Benghazi, matando quatro norte-americanos no episódio, entre eles o embaixador norte-americano no país do Magreb, Christopher Stevens, de 52 anos. O Congresso quer saber se houve negligência da CIA e dos serviços secretos dos EUA no episódio.
O FBI, polícia federal dos EUA, tinha conhecimento do caso amoroso entre Petraeus e sua biógrafa. Alguns políticos temem que Petraeus possa ter passado informações sigilosas da espionagem americana para sua biógrafa e amante. Já alguns congressistas (deputados) estão pedindo explicações sobre os motivos do Departamento de Justiça e do FBI não terem avisado o Congresso sobre a investigação antes que ela tivesse vazado para a imprensa. O representante Peter King (republicano por Nova York) disse nesta segunda-feira que o FBI tinha "uma obrigação absoluta de dizer ao presidente. Não de proteger David Petraeus, mas de proteger o presidente".
As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
Washington - Um antigo porta-voz e colega de David Petraeus, que renunciou ao cargo de diretor da Agência Central de Inteligência ( CIA , pela inicial em inglês) dos Estados Unidos na última sexta-feira, afirmou que o caso extraconjugal do ex-militar com a biógrafa Paula Broadwell começou depois que ele deixou o Exército. A renúncia inesperada de Petraeus, na sexta-feira, deixou o mundo político em Washington "perplexo", disse nesta segunda-feira a senadora democrata Dianne Feinstein, diretora do Comitê de política externa do Senado dos Estados Unidos. Petraeus deveria dar depoimento no Comitê na quinta-feira, a respeito do ataque de 11 de setembro contra o Consulado dos EUA em Benghazi, no Leste da Líbia. Ele não deverá depor na quinta-feira, mas Feinstein disse que poderá ser convocado ao Congresso em uma data posterior.
"Foi como um relâmpago", disse a senadora Feinstein sobre a demissão de Petraeus do comando da CIA e da surpreendente confissão do ex-militar na sexta-feira. O coronel aposentado do Exército Steve Boylan, ex-porta-voz e colega de Petraeus, disse à emissora ABC nesta segunda-feira que Holly, esposa de Petraeus há mais de 37 anos, está "furiosa" com o ocorrido. Ele afirmou também que o caso extraconjugal de Petraeus com Paula Broadwell, de 40 anos, terminou há quatro meses. David e Holly Petraeus têm dois filhos adultos, um dos quais é militar e serve no momento no Afeganistão.
Segundo Boylan, que conversou com Petraeus no final de semana, o ex-diretor da CIA está "devastado" e "vai levar muito tempo" para que ele resolva seus problemas dentro de casa. Em sua renúncia, Petraeus reconheceu o caso em um comunicado interno aos funcionários da CIA. Procurada pela Associated Press, Paula Broadwell não quis dar entrevista.
O depoimento de Petraeus ao Comitê sobre a violência na Líbia estava marcado para a quinta-feira, mas como ele pediu demissão, deverá depor o diretor interino da CIA, Michael Morell, nomeado para o cargo na sexta-feira pelo presidente Barack Obama. Na noite de 11 de setembro deste ano, uma multidão enfurecida invadiu e saqueou o Consulado dos EUA em Benghazi, matando quatro norte-americanos no episódio, entre eles o embaixador norte-americano no país do Magreb, Christopher Stevens, de 52 anos. O Congresso quer saber se houve negligência da CIA e dos serviços secretos dos EUA no episódio.
O FBI, polícia federal dos EUA, tinha conhecimento do caso amoroso entre Petraeus e sua biógrafa. Alguns políticos temem que Petraeus possa ter passado informações sigilosas da espionagem americana para sua biógrafa e amante. Já alguns congressistas (deputados) estão pedindo explicações sobre os motivos do Departamento de Justiça e do FBI não terem avisado o Congresso sobre a investigação antes que ela tivesse vazado para a imprensa. O representante Peter King (republicano por Nova York) disse nesta segunda-feira que o FBI tinha "uma obrigação absoluta de dizer ao presidente. Não de proteger David Petraeus, mas de proteger o presidente".
As informações são da Associated Press e da Dow Jones.