O presidente da China, Hu Jintao, e dos EUA, Barack Obama, na cúpula Ásia-Pacífico em 12 de novembro, no Havaí (Jim Watson/AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de janeiro de 2012 às 23h11.
Washigton - Os Estados Unidos pediram nesta quinta-feira que a China pressione o novo líder do regime da Coreia do Norte a se abster de realizar treinamentos militares, assegurando que sua aliada, a Coreia do Sul, enfrentaria uma "enorme pressão" para responder a qualquer provocação.
Kurt Campbell, principal diplomata dos Estados Uniods na Ásia, admitiu que se sabe pouco sobre o novo líder supremo norte-coreano, Kim Jong-un, e advertiu que "passos provocadores elevam o risco de ativar profundas e imprevisíveis consequências".
"Devemos saber levar a situação com o maior dos cuidados e esperamos que a China em suas deliberações com a Coreia do Norte assegure que essa mensagem tenha sido profundamente entendida", afirmou Campbell no centro de formação de opinião ("think-tank") Stimson Center, ressaltando as pontualizações realizadas no início deste mês em uma viagem pelo leste asiático.
Em 2010, a Coreia do Norte bombardeou uma ilha no país vizinho do sul e foi acusada de torpedear um navio de guerra sul-coreano, incidentes que acabaram com a vida de 50 pessoas e que alguns analistas veem como uma forma de o jovem herdeiro Kim provar seu poder.
Campbell, secretário-assistente do Departamento de Estado, disse que o presidente sul-coreano, Lee Myung-Bak, estreito aliado dos EUA, exibiu "notável moderação" após as mortes naqueles incidentes.
"Mas seus líderes deixaram claro que chegaram a um ponto em que novas provocações são enfrentadas, deverão enfrentar uma enorme pressão para responder. E nós entendemos", disse Campbell.
A China é o aliado mais próximo da isolada Coreia do Norte, apesar de Campbell ter dito que até os altos funcionários em Pequim estavam no escuro sobre a morte do líder Kim Jong-il, até que foi anunciada dois dias depois pela televisão estatal norte-coreana.