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EUA pede para ONU manter sanções para pressionar Coreia do Norte

Durante da visita do secretário de Estado americano, a Coreia do Norte se queixou das altas exigências para alcançar uma rápida desnuclearização

A China e a Rússia argumentam que os esforços da Coreia do Norte devem ser reconhecidos através da suavização das medidas econômicas contra ela. (Chung Sung-Jun/Getty Images)
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AFP

Publicado em 20 de julho de 2018 às 14h17.

Última atualização em 20 de julho de 2018 às 16h37.

O secretário de Estado americano , Mike Pompeo, se reuniu nesta sexta-feira (20) com o Conselho de Segurança da ONU e pediu para o grupo manter a pressão sobre a Coreia do Norte para conseguir a desnuclearização.

"Uma estrita aplicação das sanções é crucial", insistiu Pompeo após um encontro com o conselho de segurança do organismo e seu secretário-geral, António Guterres. Pompeo também exigiu que "detenham as transferências ilegais" de petróleo, que, segundo ele, permitem que Pyongyang burle as cotas de importação impostas pela ONU.

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Pompeo acredita que Pyongyang pode superar seu status de "pária" internacional, mas para chegar a esse ponto é imprescindível que as sanções impostas sejam cumpridas.

Em 2017, o Conselho de Segurança aprovou três pacotes de sanções econômicas contra a Coreia do Norte, incluindo a proibição a membros da ONU de comprar carvão, ferro e aço a Pyongyang. Os produtos derivados do petróleo que podia adquirir também estavam muito limitados.

Em seu primeiro encontro com o Conselho desde a cúpula entre Donald Trump e Kim Jong Un, Pompeo deveria fornecer detalhes sobre os esforços dos Estados Unidos para que a Coreia do Norte abandone seus programas nuclear e balístico e convencê-los de que manter as sanções é crucial neste sentido.

Após a cúpula entre os líderes dos Estados Unidos e da Coreia do Norte em Cingapura em meados de junho, Trump garantiu que Kim concordou em desnuclearizar a península, mas não foram dados detalhes específicos do acordo.

Após Pompeo viajar a Pyongyang neste mês para tratar do assunto, a Coreia do Norte se queixou das exigências americanas para alcançar uma rápida desnuclearização .

Rússia e China optam por esperar

A China e a Rússia argumentam que os esforços da Coreia do Norte, após ter se reunido com Trump e interrompido os testes de mísseis, devem ser reconhecidos através da suavização das medidas econômicas contra ela.

Os diálogos de Pompeo com o Conselho em Nova York, do qual também participaram a chanceler sul-coreana Kang Kyung-wha e o embaixador japonês na ONU Koro Bessho, acontecem depois de Rússia e China decidirem esperar seis meses antes de aplicar um corte nas entregas de petróleo refinado à Coreia do Norte, como foi pedido pelos Estados Unidos.

Na quinta-feira, não foi à frente na ONU a proposta dos Estados Unidos de proibir o envio de produtos derivados do petróleo à Coreia do Norte neste ano.

Argumentou-se que é preciso mais tempo para avaliar se a Coreia do Norte está efetivamente burlando as sanções, como assegura Washington.

"Esperamos que os países mais importantes no Conselho de Segurança, apoiados em evidência sólida, decidam se podemos enviar petróleo" à Coreia do Norte, disse o Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying.

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, lamentou essa postura e assegurou que seu país já havia apresentado provas suficientes de que a Coreia do Norte está violando as cotas de importação através das transferências de petróleo em mar aberto.

Uma resolução da ONU aprovada o ano passado fixa em 4 milhões de barris anuais a quantidade de petróleo bruto que a Coreia do Norte pode importar, além dos 500.000 barris de produtos refinados.

Na semana passada, os Estados Unidos entregaram um relatório ao comitê de sanções da ONU, onde afirma que a Coreia do Norte assegurou ter recebido pelo menos 759.793 barris de produtos refinados graças a transferências realizadas em mar aberto.

O Conselho de Segurança foi informado sobre uma possível visita do presidente sul-coreano a Pyongyang no próximo trimestre.

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