De acordo com o funcionário da Casa Branca, as conversas foram "muito positivas" e se concentraram na economia em dificuldades do país (Anita Pouchard Serra/Bloomberg /Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 11 de dezembro de 2023 às 07h11.
Uma delegação dos Estados Unidos ofereceu seu apoio ao presidente eleito da Argentina, Javier Milei, nas negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e no desenvolvimento de seu setor de lítio durante uma reunião ocorrida em Buenos Aires no sábado, um dia antes da posse do novo mandatário, disse Juan Gonzalez, conselheiro do presidente Joe Biden e diretor sênior do Hemisfério Ocidental do Conselho de Segurança Nacional, em entrevista à agência Reuters.
De acordo com o funcionário da Casa Branca, as conversas foram "muito positivas" e se concentraram na economia em dificuldades do país.
- Acredito que a prioridade número um são os desafios econômicos que a Argentina enfrenta - disse González à Reuters após o encontro com Milei, acrescentando que o país precisa de espaço e tempo para ''colocar a casa em ordem'' e resolver esses desafios.
González ressaltou que o país também precisa chegar a um acordo sobre seu plano econômico com a equipe do Fundo Monetário Internacional (FMI):
- Estamos apenas tentando incentivar o diálogo... e incentivar um resultado construtivo entre a Argentina e o FMI.
González, da Casa Branca, contou ainda que a delegação americana discutiu a questão do lítio com o presidente eleito da Argentina, incluindo a esperança do país de se beneficiar da Lei de Redução da Inflação (IRA) dos EUA, o que não acontece atualmente, pois o país não é parceiro do Tratado de Livre Comércio (FTA).
Perfil: Quem é Luis Caputo, o 'Messi das finanças' que será o novo ministro da Economia da Argentina
A lei americana prevê, entre outros pontos, benefícios para investimentos na indústria de carros elétricos, reduzindo as emissões de CO2. O lítio é usado em baterias desses veículos.
Questionado sobre um possível acordo para facilitar a compra de jatos F-16 usados dos EUA pela Argentina, González disse que as duas partes estavam "discutindo", sem dar mais detalhes.